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No 3º dia de greve, correntistas mostram indignação

Redação | 28/09/2009 11:02

No terceiro dia de greve dos bancários, correntistas já mostram nervosismo e indignação diante da impotência e dificuldade para cumprir com os compromissos.

Segundo o Sindicato dos Bancários de Campo Grande, na Capital 50 agências estão fechadas. Há unidades, porém, que estão atendendo como, por exemplo, o HSBC do Shopping.

"Há bancos funcionando na Júlio de Castilhos e na Eduardo Elias Zahran, por exemplo. Menos os bancos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil", disse o presidente do sindicato, José Clementino Pereira.

A aposentada Paulina Coelho, 59 anos, comprou uma casa e desde sexta-feira tenta fazer retirada de dinheiro para pagar o vendedor na Caixa Econômica Federal da 13 de maio com a Marechal Rondon.

"A gente é doente, tem problema de saúde e tem que ficar correndo de um lado para outro para poder pagar as contas. Ainda bem que o dono da casa está sendo compreensivo, se não teria que pagar juro", disse. A aposentada, disse que entende a reivindicação dos bancários, mas reclama que a greve traz prejuízo.

O correntista Jair Vicente Alves, de 48 anos, disse que desde a semana passada está tentando retirar o valor para pagar a faculdade da filha. "Infelizmente vou ter que esperar e pagar com juros. Estou com dinheiro na conta e não posso pagar minhas contas", indignou-se.

Setembrina Pannebecker, 68 anos, veio do distrito de Anhanduí para fazer retirada de dinheiro que não consegue pegar em caixa eletrônico para pagar uma conta e hoje é o último prazo para pagar sem juros. Ela tentava com a gerente fazer o saque. Nervosa, a filha, Rosalva Setembrina, reclamou de ter se deslocado 60 quilômetros para correr o risco de não conseguir fazer a operação.

No Banco do Brasil da Afonso Pena e Caixa Econômica da 13 de maio, as maiores agências da cidade, não há tumulto, mas apenas os caixas eletrônicos funcionam.

De acordo com o sindicato, quanto ao Banco do Brasil, apenas a agência que fica na avenida João Pedro de Souza, bairro Cidade Nova, é que foi aberta para atender à população. O HSBC do Shopping Campo Grande também está aberto e funciona normalmente hoje.

O Bradesco, que conseguiu liminar para não aderir à greve, teve apenas duas agências no centro fechadas.

O movimento é nacional e não tem data para acabar. A categoria quer reajuste salarial de 10%, valorização nos pisos, mais segurança no emprego, fim das metas estipuladas pelos patrões e do assédio moral.

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