Cidades

Mulher assaltada reclama de descaso no atendimento da PM

Redação | 19/05/2009 14:04

A copeira Aparecida Matilde Leonel, de 59 anos, reclama do 'descaso' da PM (Polícia Militar) no atendimento feito a ela após um assalto, ocorrido ontem às 5h no bairro Coophavila II, em Campo Grande.

Ela conta que seguia para o trabalho e, próximo ao ponto de ônibus da avenida Marinha, foi abordada por uma dupla em duas bicicletas. Um dos homens desceu e puxou sua bolsa. "Ele pegou a bolsa por trás, me puxou e saiu me arrastando", conta.

Os assaltantes levaram a bolsa com documentos pessoais, cartões de crédito e R$ 55,00 em dinheiro.

Após o assalto, Aparecida diz que foi a um posto da PM que fica próximo ao local. Mas, diz que nenhum policial atendeu quando ela chamou. "Tinha uma viatura lá, mas chamamos, chamamos e ninguém saiu", garante a mulher.

Ela então voltou para casa, e diz que alguns minutos depois os policiais foram até sua residência, pois os vizinhos que presenciaram o assalto haviam passado o endereço.

Ao falar com ela, um deles teria alegado que 'esses horários são perigosos', e recomendado que ela não saísse de casa às 5h. "A gente precisa trabalhar, vai fazer o quê?" diz indignada.

Para a moradora do Coophavilla, os policiais responsáveis pela área deveriam fazer rondas na avenida onde os trabalhadores costumam esperar o ônibus. "Sabendo que é perigoso, eles deveriam dar assistência", defende.

Os documentos roubados ontem, foram encontrados hoje dentro de uma sacola plástica, no pátio de uma escola do bairro Tarumã, conta Aparecida.

Mas, apesar de ter recuperado alguns dos pertences, a mulher reclama da atuação da PM no atendimento, considerado por ela um 'descaso' com os trabalhadores do bairro que precisam sair de casa ainda de madrugada para trabalhar.

Segurança - A Polícia Militar garantiu, por meio de sua assessoria de imprensa, que se não havia policiais no posto no momento em que a mulher procurou, é porque eles estavam em ronda pelo bairro.

Informou ainda que o procedimento ideal é que as pessoas que necessitam de atendimento solicitem por meio do telefone 190. Assim, a central de operações envia a viatura mais próxima do local onde está a vítima.

Além disso, a PM garantiu que a avenida Marinha, no bairro Coophavilla, possui policiamento preventivo e ostensivo.

Mesmo assim, o comando do batalhão deverá verificar se havia mesmo uma viatura no local. Se isso ficar comprovado, o fato será apurado por meio de sindicância administrativa.

Nos siga no Google Notícias