Cidades

Mudança no consignado protege aposentado da própria família

Bruno Chaves | 22/07/2013 20:25

A nova resolução do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que visa coibir fraude durante a solicitação de um segundo empréstimo consignado, protege o aposentado da própria família. A informação é do membro da diretoria da Aapc/MS (Associação dos Aposentados e Pensionistas de Campo Grande e do Estado), Luiz Fernando da Silveira Osório.

Luiz explicou que a norma do instituto suspende os descontos das parcelas de empréstimo consignado quando o beneficiário entra com denúncia de fraude. Dessa forma, a margem consignada durante o período de apuração da acusação permanecendo bloqueada.

“O maior problema que o idoso enfrenta, na maior parte das vezes, é o próprio familiar, que faz os empréstimos. O problema é o filho, o neto e outros que fazem o consignado. Já vi casos deles reterem o cartão e manipularem o idoso, que não denuncia por questão de sentimentos”, conta.

Para o diretor de benefícios do INSS, Benedito Brunca, a medida pretende preservar o sistema e os segurados. “Nós fizemos um aprimoramento do cumprimento de uma Ação Civil Pública que nós já cumpríamos desde 2008. Nós tínhamos uma situação em que nós cancelávamos o empréstimo e restituíamos a margem. E agora, nós estamos fazendo esse processo de suspensão, mantendo a margem retida até o final da apuração do fato”, explica.

Só em 2010, de acordo com o Governo Federal, aposentados e pensionistas movimentaram R$ 26,8 bilhões em crédito consignado. No Centro-Oeste foram realizados 33.916 contratos, que representam R$ 102,1 milhões.

“Na minha opinião, o idoso tem que administrar seu patrimônio sozinho. Os familiares dão sempre a mesma desculpa de que eles não têm condições de mexer com dinheiro e se aproveitam dos benefícios dos idosos”, afirma Luiz.

No entanto, o membro da associação explica que, muitas vezes, o próprio idoso faz o consignado e se esquece. Outras vezes, o que ocorre com facilidade, aproveitadores tomam posse dos dados de aposentados para fraudarem empréstimos.

“Por isso estamos aqui para orientar e explicar o funcionamento dos consignados a esses cidadãos. Acompanhamos eles ao banco, ajudamos por telefone e até evitamos que eles caiam em golpes, de estelionatários e de familiares”, finaliza.

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