Cidades

MS tem maior índice de moradias inadequadas no País

Redação | 01/09/2010 14:44

Os dados divulgados hoje pelo IBGE sobre os indicadores de desenvolvimento sustentável no Brasil apontam Mato Grosso do Sul como o estado líder num ranking negativo, o de moradias inadequadas. Conforme a pesquisa, baseada no ano de 2008, só 21,1% das moradias no Estado eram adequadas.

Os critérios de avaliação consideram número de moradores por dormitório (mais de 2 é inadequado) e o acesso aos serviços de saneamento básico.

No Estado, o dado que mais chama atenção é em relação ao tratamento de esgoto. Enquanto no Distrito Federal, 98% dos domicílios tinham acesso ao serviço, em Mato Grosso do Sul eram apenas 24%.Com relação a distribuição de água, ela atingia 83,5% dos domicílios. Em 83,9%, havia mais de 2 pessoas dividindo um dormitório.

O percentual de moradias consideradas adequadas no Estado, de 21,1%, é menos da metade que a média nacional, de 56%.

Terras indígenas A pesquisa do IBGE confirma, também, a baixa representatividade das terras destinadas aos índios no Estado. As áreas homologadas representam apenas 1,7% do território do Estado.

Em termos de habitantes de origem indígena, o Instituto revelou 53,9 mil indígenas vivendo em solo sul-mato-grossense, a quarta maior população no País, atrás do Amazonas, da Bahia e de São Paulo.

Renda O IBGE também divulgou como andava a renda média das famílias de Mato Grosso do Sul em 2008. Conforme os dados, a renda per capita média naquele ano no Estado era de R$ 1045,00 mensais.

Quando separados entre homens e mulheres, a diferença é gritante. A renda deles era de R$ 1258,00 e a delas R$ 790, ou seja, 59% a menos.

Entre brancos, pardos e negros, novamente disparidade, e maior ainda. A renda média dos trabalhadores brancos era de R$ 1302,00 em 2008, 67% a mais do que a renda dos pardos e negros, que era de R$ 776 em média.

A pesquisa do IBGE é bastante extensa. Ao todo, são 55 indicadores. A divulgação feita hoje dá continuidade à série iniciada em 2002. Na avaliação do IBGE, a quarta edição da pesquisa "ganhos importantes, mas indica que ainda há uma longa estrada pela frente para o Brasil atingir os níveis considerados ideais.

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