Cidades

MS tem 30% dos presos trabalhando; mais do que a média nacional

Dados são de junho de 2012, os últimos divulgados pelo Ministério da Justiça

Nadyenka Castro | 06/01/2013 11:05
Internos da Colônia Penal Agroindustrial da Gameleira na produção de cadeiras. (Foto: Simão Nogueira)
Internos da Colônia Penal Agroindustrial da Gameleira na produção de cadeiras. (Foto: Simão Nogueira)

Mato Grosso do Sul tem mais presos trabalhando do que a média nacional. É o que aponta levantamento de junho de 2012, o último divulgado pelo Ministério da Justiça sobre o sistema prisional brasileiro.

De acordo com os dados, há no Estado 12.216 detentos, destes, 3.668 trabalham. A média de presos trabalhando é de 30%, enquanto, a nacional, conforme a Agência Brasil, é de 20%.

De acordo com o levantamento, são 3.113 detentos do sexo masculino em atividade laboral. Destes, 746 em atividade externa – sendo a maioria no serviço público - e os demais em serviço interno.

Entre as 555 mulheres presas que trabalham, 84 são em atividade fora dos presídios – maioria em parceria com a iniciativa privada - e 471 dentro das unidades penais.

Um dos presídios do Estado com detentos trabalhando é o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira. Na unidade penal há oficinas para conserto de macas do Hospital Regional, de portão de elevação, pré-moldados de cimento e confecção de cadeiras de fio, containeres, carteira escolar e cozinha industrial. 

Nacional – Segundo reportagem da Agência Brasil, o Rio de Janeiro é a unidade da Federação com o mais baixo índice de detentos exercendo atividades de laborterapia (capacitação que envolve atividade produtiva) e trabalho em todo o País.

De acordo com os dados, o Rio de Janeiro tem apenas 2% de seus 33,6 mil detentos com alguma ocupação (ou seja, 676). A força de trabalho dos sistemas penitenciários de estados como São Paulo e Minas Gerais representa, respectivamente, 25% e 22% do total de presos.

Além do Rio, apenas cinco estados brasileiros têm menos de 10% de seus presos executando alguma atividade laboral: Pará (8%), Paraíba (8%), Acre (6%), Rio Grande do Norte (5%) e Ceará (3%).

 



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