Cidades

MS quer acabar com fila para tratamento de câncer com acelerador linear

Novo equipamento foi entregue no Hospital de Câncer Alfredo Abrão

Yarima Mecchi e Leonardo Rocha | 16/05/2017 11:57
Carlos Coimbra (esquerda), Reinaldo Azambuja (centro), Nelson Tavares (direita). (Foto: Leonardo Rocha)
Carlos Coimbra (esquerda), Reinaldo Azambuja (centro), Nelson Tavares (direita). (Foto: Leonardo Rocha)

O Governo do Estado recebeu um aparelho acelerador linear que será usado para o tratamento de câncer de pele, radioterapia de cabeça, pescoço e linfonodos, além de outras patologias oncológicas. Nesta terça-feira (16) novo equipamento foi entregue no HCAA (Hospital de Câncer Alfredo Abrão).

Reinaldo Azambuja, governador de Mato Grosso do Sul, acredita que vai zerar a fila de espera, uma vez que o aparelho atual faz 50 sessões por dia, sendo que o novo consegue fazer 100. "A fila de espera é de 170 pessoas e esperamos zerar quando o aparelho começar a funcionar. Em 120 dias deve instalar o novo e durante esse tempo vamos fazer um convênio para manter o atendimento", destacou.

O novo acelerador linear estava inativo em Goiânia e há um ano a SES (Secretaria do Estado de Saúde) começou a negociar junto ao Ministério da Saúde para trazê-lo a Mato Grosso do Sul. "Goiânia tinha dois aparelhos, mas não tinha estrutura. Estava sem uso. Mandamos um projeto que explicava que o Alfredo Abrão já tinha um banker e só precisava ser reforçado", disse Azambuja.

A previsão é que em 120 dias o novo acelerador linear esteja instalado e funcionando, o secretário de saúde Nelson Tavares, destacou que o aparelho é melhor e precisa adequar o banker, ou seja, local onde será instalado.

Pessoas esperando atendimento no hospital. (Foto: Leonardo Rocha)

"Como o aparelho é mais potente precisa de um reforço maior no isolamento. Também teremos que comprar aparelhos. Vamos investir R$ 1,5 milhão ao todo. Para fazer adaptações, transporte do aparelho, outros acessórios que temos que comprar. Vamos gastar R$ 700 mil para reforçar o banker, se fosse construir gastaríamos R$ 2 milhões e duraria dois anos a obra", destacou Nelson.

O diretor-presidente Carlos Coimbra lembrou da polêmica envolvendo o aparelho ocorreu em 2014 e comemorou a entrega. "Eu já era diretor do hospital e uma funcionária terceirizada pelo Ministério da Saúde cobrou propina de R$ 150 mil para que houvesse a liberação do aparelho. Na época fiz a denuncia e essa funcionária foi presa, na época, e responde na Justiça", disse.

Ele destacou que não é o mesmo aparelho. "Mas agora conseguimos via Ministério da Saúde e vamos nos empenhar para que essa adaptação e reforço seja feita o mais rápido para que entre em funcionamento".

Assista o governador, Reinaldo Azambuja, conversando com pacientes do Hospital de Câncer Alfredo Abrão:

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