Cidades

Movimento que começou protestos em SP encerra manifestação

Aliny Mary Dias | 21/06/2013 10:34
Manifestantes tomaram ruas do Rio de Janeiro (Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo)
Manifestantes tomaram ruas do Rio de Janeiro (Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo)

Há uma semana enfrentando protestos contra o aumento da tarifa de ônibus, São Paulo deve ter a primeira noite sem grandes manifestações nesta sexta-feira (21). O encerramento das convocações que partem do Movimento Passe Livre foi anunciado pela liderança do grupo.

O último protesto ocorreu ontem (20) quando integrantes foram às ruas para comemorar a diminuição de R$ 0,20, anunciada pelo prefeito da capital paulista Fernando Haddad na quarta-feira.

Segundo entrevista concedida à rádio CBN, a organização do movimento decidiu encerrar as convocações depois de ações consideradas hostis contra os manifestantes. "Nos últimos atos pudemos ver pessoas pedindo a redução da maioridade penal e outras questões que consideramos conservadoras. Por isso suspendemos as convocações", afirmou Douglas Beloni.

Os protestos registrados em mais de 100 cidades brasileiras na noite de ontem levaram 1 milhão de brasileiros às ruas. Além do aumento na passagem do transporte público, outras reivindicações entraram nas pautas dos protestos. Corrupção, saúde, educação, altos investimentos na Copa do Mundo e a não aprovação da PEC 37 foram alguns dos temas.

O aumento de R$ 3 para R$ 3,20 no valor da passagem de ônibus foi motivo de manifestações desde o dia 6 de junho em São Paulo. Os protestos ganharam repercussão e aumentaram depois das repressões policiais registradas na noite do dia 13 e junho.

Desde a última sexta-feira, moradores de outras cidades brasileiras e até do exterior foram às ruas em apoio aos manifestantes paulistas. Jornalistas ficaram feridos e até um carro de link – transmissão a vivo – da Rede Record foi incendiado em São Paulo.

Em Campo Grande, a grande manifestação ocorreu ontem (20) quando cerca de 30 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, fizeram passeata na avenida Afonso Pena. O grupo foi até a Câmara Municipal, a Prefeitura e até protestou em frente à casa do Governador André Puccinelli.

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