Cidades

Movimento onde cada um responde por si tem 244 seguidores em MS

Paula Maciulevicius | 04/08/2013 10:59
Manifestantes são conhecidos por vestir preto  e promover um "badernaço" nacional.  (Foto:Daniel Teixeira/AE)
Manifestantes são conhecidos por vestir preto e promover um "badernaço" nacional. (Foto:Daniel Teixeira/AE)

Destaque nos manifestos pelas grandes capitais do País, o movimento “Black Bloc” também tem adeptos em Mato Grosso do Sul. A ação deles, ainda que no Estado seja tímida, é marcada por rostos cobertos com bandanas e roupas pretas. Quase dois meses depois do protesto “Movimento Passe Livre”, as manifestações do grupo estão presentes em 23 estados e por enquanto, apenas Amapá, Tocantins, Sergipe e Acre não tem página nas redes sociais. 

Cada um responde por si e não há uma liderança, característica presente nos manifestos que Campo Grande viveu. A organização e encontros são feitos pelo Facebook e aqui no Estado há três páginas na rede social com 244 curtidas. A página mais popular dos Black Blocs no Facebook é a do Rio de Janeiro, com mais de 18 mil seguidores

No 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, eles pretendem promover um "badernaço" nacional. A articulação vem sendo feita na página do Black Bloc Brasil, com quase 40 mil seguidores.

Nos grupos que levam o nome “Black Bloc MS” as descrições são “a linha de frente dos protestos. Defende os manifestantes da violência policialesca do estado capitalista na sua ânsia de proteger a propriedade privada”, a outra “prefiro morrer de pé do que viver de joelhos. Prefiro ser o guerreiro que vai gritar liberdade!”. E por fim, “no meio dos manifestantes, uma grande massa negra se forma e caminha, compacta, para frente da passeata”, define a última comunidade.

Nas páginas a defesa é pela liberdade de Dudu, o ator Eduardo Miranda Martins, de 28 anos, preso desde o dia 20 de junho, sob a acusação de estar carregando drogas na mochila durante o manifesto e também o chamado para o protesto da Independência, denominado “Operação Sete de Setembro”.

No geral, os integrantes nem sempre partilham dos mesmos ideais, alguns se revelam anarquistas e outros defendem um Estado com leis mais justas. Em casos de depredação, o enfoque tem de ser bancos, ou o que seja símbolo de poder capitalista.

A história diz que o movimento surgiu na Alemanha, na década de 80. Os atos envolvendo depredação apareceram pela primeira vez em 1999, durante a reunião do G8 em Seatle, nos Estados Unidos. No Brasil, o grupo foi identificado durante a visita de Barack Obama, em 2011.

 

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