Cidades

Moradores reclamam de área usada como depósito no Tijuca

Redação | 12/08/2009 15:40

Moradores do Jardim Tijuca II, em Campo Grande, reclamam da utilização de uma área desativada no bairro, entre as ruas Nhambiquara, Dantas Barreto, Apetubas e a avenida Marechal Deodoro, que é utilizada como depósito de materiais como areia, pedra e terra, usadas na pavimentação asfáltica da região.

Segundo quem vive no bairro, o local começou a receber terra há cerca de dois anos, quando tiveram início as obras de asfalto. Mesmo um ano após a conclusão, o local continua a servir de depósito.

O argumento de quem mora nas proximidades é que há outros terrenos que podem ser usados dessa forma, muito mais próximos da área onde é feito o asfalto.

"Já terminou a obra aqui, não é justo a gente continuar sendo prejudicado", reclama a dona-de-casa Jussara Gomes, de 49 anos.

Moradora das proximidades há dez anos, ela diz que o local já ficou perigoso e acha injusta a utilização de uma área privilegiada como depósito de terra.

"Nós continuamos com o mesmo problema de antes de asfaltar aqui. Quando venta, a casa tem que ficar toda fechada", acrescenta.

"Você não pode nem ficar com a janela aberta porque enche tudo de terra", reclama o morador Robson Luiz Medina Carvalho, de 30 anos

Ele mora em frente à área e reclama que 'tudo vive cheio de terra' por conta da carga e descarga feita pelos caminhões no local.

Além da terra, ele conta que o acúmulo de entulhos tem atraído mais lixo, despejados pela população.

A dona-de-casa Vânia dois Santos Moura, de 32 anos, mora há cinco na rua Nhambiquara e diz que a situação em que o local se encontra tem trazido transtornos. "Fica tudo cheio de terra", afirma.

Vânia conta que ligou para a Prefeitura pedindo explicações e foi informada de que o problema da área é de responsabilidade da empreiteira que tem feito o asfalto.

Comércio - O transtorno provocado pela área tem prejudicado o comércio da região.

Proprietário de uma oficina de motos, Paulo Henrique Souza Araújo, de 20 anos, diz que a poeira incomoda os clientes de seu estabelecimento. "Eles não podem nem ficar sentados aqui na frente", conta.

Para o gerente de uma loja de embalagens, Edival Francisco Tavares, de 45 anos, o depósito de terra trouxe prejuízo. "Eu tive que contratar mais um funcionário só para ficar na limpeza, porque você acaba de arrumar os produtos e já está tudo sujo de novo", diz. Além disso, a limpeza no local foi reforçada durante a semana.

O gerente conta que logo que terminaram as obras de pavimentação asfáltica, ele pintou o prédio. Como a área continua cheia de montes de terra, ele diz que a pintura já está praticamente comprometida.

"E é complicado o cliente vir buscar embalagens e já encontrarem o produto sujo", reclama.

Além disso, o Edival afirma que a área é inadequada para essa utilização, porque fica próxima ao Hospital Regional e a um terminal de ônibus. "

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