Cidades

Moradores ironizam, mas alguns até acreditam em tese para tanto buraco

Edivaldo Bitencourt e Thiago de Souza | 01/12/2015 17:15
Buraco surgiu 20 dias após a operação tapa-buraco passar pela rua Brilhante. (Foto: Gerson Walber)
Buraco surgiu 20 dias após a operação tapa-buraco passar pela rua Brilhante. (Foto: Gerson Walber)
Comerciante diz que tapa-buraco é inviável e aposta no recapeamento. (Foto: Gerson Walber)

Moradores de Campo Grande se dividem sobre a polêmica aberta pelo prefeito Alcides Bernal (PP), de que algumas pessoas estariam usando picareta para abrir buracos na calada da noite nas ruas e avenidas da Capital. O principal problema é a abertura de novos buracos em vias que acabaram de receber a operação tapa-buracos, que vem custando R$ 2 milhões por mês aos cofres públicos.

Este é o caso da Rua Brilhante, um dos principais acessos aos bairros localizados na saída para Sidrolândia e uma das primeiras a receber a equipe de operários. Não se passaram 20 dias da operação, novos buracos voltaram a atormentar os motoristas na rua.

“Não duvido que possa ter alguém com picareta abrindo buraco à noite”, comentou o empresário Marlan Maciel, dono de uma empresa de alinhamento na Rua Brilhante. Ele defende que a prefeitura investigue a denúncia e moradores filmem, caso flagrem, alguém abrindo buracos na madrugada.

Kelly Cristina disse que é improvável que alguém cave o asfalto à noite. (Foto: Gerson Walber)

Já outros moradores ridicularizam a teoria da conspiração de Bernal. “É improvável alguém fazer isto, não existe”, reagiu a atendente Kelly Cristina Barbosa, 35. “O prefeito está tirando uma casquinha do povo”, acredita. Ela ainda destacou que não é normal uma pessoa sair de casa à noite só para cavar o asfalto. O assunto virou brincadeira entre as colegas atendentes de uma sorveteria. Kelly brincou com a amiga. "É você que tá fazendo buracos no asfalto, né". 

A comerciante Sandra de Souza, 42, acredita que os buracos surgem em decorrência da péssima qualidade do serviço. “O tapa-buraco não resolve”, avalia. Ela defende recapeamento ou um recorte maior para corrigir as fissuras no asfalto. Agora, sobre a tese de Bernal, ela diz que não duvida de nada. 

Um integrante da equipe que realiza a operação tapa-buracos explicou que os problemas surgem com a chuva. O funcionário explicou que o movimento de veículos abre a fissura no asfalto, que acaba se ampliando a partir da infiltração causada pela chuva.

Cada grupo é fiscalizado, na prática, por um estagiário, enquanto o fiscal de obra faz a ronda no serviço realizado pelas nove equipes distribuídas na cidade.

Equipe não vence a buraqueira criada em Campo Grande (Foto: Gerson Walber)
Nos siga no