Cidades

Moradores denunciam obra mal feita no Residencial Oiti

Redação | 26/06/2009 18:52

Moradores do recém inaugurado Residencial Oiti, em Campo Grande, tiveram uma surpresa hoje, no dia da mudança: vazamento em diferentes pontos. Eles denunciam falhas na instalação da rede de águas que abastece as residências.

Considerado o maior empreendimento do PAR (Programa de Arrendamento Residencial) em Mato Grosso do Sul, o conjunto teve a primeira fase, que corresponde a 208 casas, inaugurada há apenas uma semana.

Presidente da Associação de Moradores do Residencial Maria Pedrossian, o Professor Jânio Batista de Macedo, conta que dois moradores foram procurar a entidade, que fica no bairro vizinho, para denunciar o problema. "A rede de água foi mal feita pela empreiteira responsável.

Jânio explica que a rede central de água que se estende pelas ruas em um cano de 60 milímetros não chega até as residências em, pelo menos, cinco pontos distintos.

Quando a empresa Águas de Guariroba ligou o registro mestre para fazer o teste de abastecimento, além da falta de conexão em diversos pontos foram constatados inúmeros vazamentos.

"Além de se tratar de dinheiro público, isso é um desrespeito com quem acredita no sistema habitacional", ataca o presidente. Com construção estimada em R$ 30 milhões, o residencial financiado pela CEF (Caixa Econômica Federal) terá 898 casas e está sob responsabilidade de um grupo de empreiteiras.

Por conta dos vazamentos, o asfalto "zerado" já teve que ser quebrado em algumas ruas do residencial, para que os canos rachados sejam substituídos e para que seja completada a conexão nos pontos em que ela não foi feita. Mas, ainda não é possível sequer ter uma estimativa de quantos são os pontos de vazamento.

Além desses problemas, funcionários da empresa Águas de Guariroba que realizam os 'consertos' no local informaram que até a rede por onde passa o cano está muito próxima do asfalto, a apenas 30 centímetros, quando deveria estar a, pelo menos, 60 centímetros abaixo do chão.

Transtorno - Após constatar os vazamentos em várias ruas do residencial, a empresa de abastecimento começou a corrigir o problema. Mas, para isso, teve que desligar o registro que abastece as casas.

Com o procedimento, o autônomo Benedito de Oliveira, de 25 anos, que escolheu o dia para assentar o piso na casa que acabou de receber, teve que realizar o trabalho praticamente 'a seco'.

"Eu precisava fazer massa para colocar o piso, e tive que buscar água na casa da minha mãe, que fica no Monte Castelo, em um barril de 200 litros", conta.

Para ele, o problema provocou transtorno na obra da casa. "Antes de a gente mudar a parte de encanamento devia estar pronta", reclama.

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