Cidades

Ministério alerta grávidas de MS sobre vacina antigripe

Redação | 14/04/2010 16:11

Trinta e quatro dias depois de iniciada a vacinação contra a gripe suína, em Mato Grosso do Sul, só 36% do público alvo já tomaram as doses, num total de 287,4 mil pessoas imunizadas.

O Ministério divulgou hoje um alerta voltado principalmente às grávidas, que são um dos grupos de risco para a doença e que, mesmo assim, não estão procurando a vacina em sua totalidade. Conforme os dados do Ministério, em Mato Grosso do Sul apenas 43,2% já tomaram as doses. O prazo para vacinação nesse grupo vai até o dia 23 de abril, junto com os doentes crônicos, crianças entre 6 meses e 2 anos e jovens de 20 a 29 anos.

Conforme o Ministério, a preocupação se deve ao fato de as gestantes estarem entre os grupos mais vulneráveis à doença. Elas representam uma em cada três mortes da nova gripe registradas neste ano.

"O comparecimento das gestantes ao posto de vacinação é fundamental para a proteção dessa população. A doença tem demonstrado grande agressividade sobre as grávidas. A melhor forma de prevenção é tomar a vacina", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Ele afirma que a vacina é segura e para comprovar isso disse que 300 milhões de pessoas receberam a imunização em todo o mundo sem relatos de efeitos adversos graves. Só no Brasil, mais de 22 milhões de doses foram aplicadas sem registro confirmado de reações fortes à vacina.

Além das gestantes, o segundo grupo que precisa de reforço é o de doentes crônicos. Do total estimado para o Mato Grosso do Sul, 37,6% procuraram os postos de vacinação. Entre as crianças de 6 meses a menores de 2 anos, a cobertura é de 68,2%. Entre os jovens de 20 a 29 anos, só 20% do público-alvo procuraram os postos, mas a vacinação para essa faixa etária começou há uma semana apenas..

O grupo que mais se vacinou no Mato Grosso do Sul foi o de trabalhadores de serviços de saúde, com cobertura de 86,3%. O Estado também ficou muito perto de atingir a meta de vacinação entre os índios, com 79% de imunização dessa população.

O Estado praticamente atingiu a meta de vacinar pelo menos 80% dos indígenas. Entre as crianças de 6 meses a menores de 2 anos, a cobertura é de 68,2%. A etapa de jovens de 20 a 29 anos teve início há apenas uma semana e obteve, até o momento, o índice de 20,3% dessa população vacinada.

O alerta do Ministério leva em conta, também, a preocupação de que, deixando para última hora, as pessoas enfrentem tumulto e, acima disso, demorem ainda mais a ficar imunes a doença, que tem seu pico previsto a partir de maio. "A estratégia de vacinação tem o objetivo de dar proteção antes do período em que aumenta o número de casos de doenças respiratórias. Ou seja, para ter certeza de que não serão atingidas pela gripe H1N1, as grávidas devem procurar agora os postos de vacinação", disse o ministro.

Casos - Neste ano, já foram registrados 361 casos graves da gripe H1N1, até o dia 3 de abril. Desse total, um em cada cinco casos é de gestantes. A região Norte concentra o maior número de notificações, somando 203 casos. Já foram 50 mortes, 76% delas de mulheres.

No ano passado, os 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a mortalidade foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total). E as crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência da doença no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).

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