Cidades

Medo silencia familiares de jovem assassinado no Canguru

Redação | 22/04/2009 10:33

A morte do servente de pedreiro Carlos Eduardo, de 19 anos, cujo corpo foi encontrado na noite de ontem, próximo à Avenida Gury Marques, é cercada por informações desencontradas.

Temendo represálias, familiares pouco falam sobre a morte do rapaz e há versões conflitantes sobre a última vez em que foi visto com vida, na tarde de domingo. Na região são freqüentes confrontos de gangues e várias mortes já ocorreram em decorrência dessa rivalidade.

Um dos irmãos da vítima, que não quis se identificar, contou que Carlos Eduardo era o caçula e garantiu que ele não tinha inimigos ou envolvimento em crimes. Ele definiu o irmão como "uma pessoa tranqüila".

Contou que no domingo à tarde participou da festa de eleição no bairro, na casa de um amigo, passaram em um bar e seguiram para casa. O rapaz afirmou que entrou para assistir televisão e o irmão ficou para fora. Segundo ele, essa foi a última vez que viu Carlos Eduardo.

Já uma amiga da vítima relatou à polícia que após sair da festa foram ao "bar do Marcos" e que Carlos ficou conversando com o dono do estabelecimento. Ela diz que logo que se afastou escutou o estampido de um tiro e correu. Depois disso não viu mais o amigo.

Durante a entrevista do irmão de Carlos à equipe do Campo Grande News uma mulher se aproximou e disse ao rapaz que a mãe dele pediu para que não falasse nada para a imprensa. Ele não informou onde deve ser o velório e sepultamento. Disse apenas que esperava a liberação do corpo do irmão pelo IML (Instituto Médico Legal). Na frente da casa onde o rapaz morava, na rua Biri, havia uma aglomeração de pessoas.

A reportagem tentou entrar em contato com o dono do bar citado no boletim de ocorrência, mas o estabelecimento estava fechado. Não há informações sobre suspeitos. O caso deve ser investigado pela Delegacia de Homicídios, se não houver autoria e se a autoria for conhecida fica a cargo do 5º Distrito Policial.

Nos siga no Google Notícias