Cidades

Medo de alagamentos deixa periferia da Capital em alerta

Redação | 27/11/2009 17:46

O receio de alagamentos deixou moradores da periferia de Campo Grande em alerta, nesta tarde. No bairro Maria Aparecida Pedrossian, várias ruas ficaram tomadas pela enxurrada e quem sofreu com a invasão de lama com a chuva da última quarta-feira (25), fez o possível para não enfrentar o mesmo problema novamente.

Na casa da técnica de enfermagem Lucimara Gomes, de 35 anos, o desespero aumentava de acordo com o volume de enxurrada que descia do terreno baldio em frente da residência, na rua Minerva.

Para impedir que a lama invadisse a varanda da casa, ela e a filha, Ana Carolina, de 14 anos, ficaram com rodos e de plantão na entrada, empurrando a enxurrada que havia tomado conta da rua.

Ela conta que enfrenta o problema há seis anos, desde que se mudou para a casa, e antes dela a antiga proprietária também sofria com a invasão da água. "Dá desespero, e quando a chuva pára ficam as pedras e a lama", reclama.

Dono de uma conveniência na esquina das ruas Ponta Grossa com a Orlando Daros, também no Maria Aparecida Pedrossian, Irineu Nascimento, de 54 anos, conta há 20 anos enfrenta problemas com a enxurrada, que invade o comércio.

Segundo ele, na última chuva a água tomou conta dos três prédios, onde funciona a conveniência, a padaria e a fábrica de pães. "Ninguém resolve e eu fico com o prejuízo", reclama.

Hoje, logo que começou a chuva ele foi para a porta do estabelecimento com um rodo. "Se aumenta a chuva tenho que colocar uma tábua e ficar com o rodo lá dentro", explica.

Lama - Prejuízo sofreram também os feirantes do bairro Maria Aparecida Pedrossian, que tiveram as barracas invadidas pela enxurrada que desce da rua Minerva. O casal Ari Serafim Pacheco, de 59 anos, e Benedita Luiz Correia Pacheco, de 56 anos, reclamam por ter ficado com as verduras e legumes cobertos de lama.

Eles contam que já haviam montado a barraca, quando a chuva começou. "Só deu tempo de erguer algumas caixas para a barraca não tombar", conta Ari.

Para o feirante, que diz ter prejuízos com a enxurrada há anos, a solução seria trocar a feira de lugar. "Pelo menos levar a gente mais ali para cima.", pede.

No local, além dele vários outros trabalhadores tiveram que recolher seus produtos, não por conta da chuva, mas pela enxurrada que ocupou a avenida João Damasceno.

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