Cidades

Mantido júri de acusadas de aborto, com um promotor só

Redação | 08/04/2010 07:49

Foi mantido pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos, o júri das quatro funcionárias acusadas de praticar abortos na clínica da ex-médica já falecida Neide Mota Machado, fechada em 2007.

A defesa de uma das rés havia pedido novo adiamento, diante da liminar que permitia a participação de dois promotores que haviam sido afastados em fevereiro, quando o julgamento foi adiado.

Apesar de terem liminar favorável, os dois promotores, Luciana Jorge e Paulo César Passos, não vão participar, porque tem um outro julgamento hoje, na 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Com isso, a acusação das rés, a psicóloga Simone Aparecida Cantaguessi de Souza e as enfermeiras Libertina de Jesus Centurion, Maria Nelma de Souza e Rosângela de Almeida, será feita apenas por um promotor, Douglas dos Santos, que é lotado da 2ª Vara.

Neste momento, é realizado o sorteio dos jurados. Foram convocados 34 e dois pediram dispensa. A expectativa é que, além de polêmico, seja um dos mais longos já ocorridos no Fórum de Campo Grande. A previsão é que sejam pelo menos 3 dias de duração.

O advogado da psicóloga, René Siufi, havia pedido novo adiamento alegando que o júri não podia ser feito com base em uma decisão liminar, a que permitia a participação de 3 promotores. Como os dois que conseguiram o mandado de segurança não vão atuar, o juiz decidiu manter o júri.

O processo em questão tem mais de 3 mil páginas e 13 volumes. As acusadas podem receber penas entre de 26 e 104 anos de reclusão.

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