Cidades

Manifesto por shows na Expogrande tem panfletagem com cantores sertanejos

Paulo Fernandes e Viviane Oliveira | 20/02/2011 17:31
Protesto teve panfletagem em importante avenida de Campo Grande. (Foto: Viviane Oliveira)
Protesto teve panfletagem em importante avenida de Campo Grande. (Foto: Viviane Oliveira)

Cerca de 40 promotores de eventos e cantores sertanejos fizeram uma manifestação neste domingo, na avenida Via Parque, no cruzamento com a Afonso Pena, contra a proibição de shows na Expogrande.

Com camisetas de apoio aos shows, foram distribuídos adesivos com as frases “Campo Grande quer Show” e “Expogrande é da Cidade! Queremos show!”.

Também foram distribuídos folders com a programação de shows. Entre as atrações programadas estão Michel Teló, João Bosco & Vinícius, Alex e Ivan, Munhoz e Mariano, Restart, Bruno e Marrone e o sucesso do momento, Luan Santana.

Hugo e Raul, que lançariam o seu primeiro cd na exposição, participaram do protesto. “Essa decisão atinge os artistas que estão começando. Eu tenho certeza que Campo Grande vai perder muito porque a Capital é vista como uma cidade que mais lança estrelas como Luan Santana, Michel Teló, Maria Cecilia e Rodolfo”, disse Hugo.

Para a dupla, tantos os artistas novos como os de renome perdem com a proibição de shows no maior evento agropecuário de Mato Grosso do Sul.

A cantora Amannda, que canta o gênero sertanejo universitário, gravaria o primeiro DVD da carreira em sua segunda apresentação Expogrande.

Ela contou que desde que tinha 10 anos frequenta a exposição. “Eu acho um absurdo essa proibição. É uma cultura do sul-mato-grossense”, disse.

De acordo com o vice-presidente da Associação dos Promotores e Produtores de Eventos de Mato Grosso do Sul, Guga Correa, está programada para amanhã, às 17h30, uma reunião com o prefeito Nelson Trad Filho, na Esplanada dos Ferroviários, para discutir o assunto.

“Eu acredito muito na sensibilidade do prefeito para que os shows possam ser realizados. A Expogrande é um grande evento que a família participa”, disse.

De acordo com o tesoureiro da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Pedro Paulo, o prejuízo com a possível não realização dos shows será de R$ 1 milhão, já que os contratos estão assinados.

“Se não conseguirmos com o prefeito, vamos a Brasília falar com ministro da Cultura”, disse. “Os hotéis perdem, o comércio, os artistas locais todos vão ficar desamparados”, afirmou.

Uma decisão da Justiça proibiu a realização dos shows, o que pode levar a Acrissul a cancelar todas as apresentações previstas.

A Câmara Municipal chegou a incluir a feira na lista de exceções à Lei do Silêncio, mas a proposta precisa ser sancionada pelo prefeito, que tem prazo até dia 3 de março para assinar ou não. O evento está marcado para abril.

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