Mais de 40 entidades protestam contra a violência em MS
Centenas de pessoas, representando 40 entidades, se uniram hoje para protestar contra a violência. O movimento começou na Praça do Rádio Clube e seguiu em passeata até o calçadão da Barão.
Poucos metros depois do início da caminhada, a intransigência de motoristas provocou reações exaltadas em plena manifestação que deveria ser pela paz. A paciência deu vez a pequenas doses de intolerância entre participantes e condutores, que de dentro dos carros fizeram protestos particulares contra o protesto e pela falta de apoio policial e ausência de amarelinhos para ordenar o trânsito durante o protesto.
A violência em todas as suas formas é o motivo do protesto deste sábado, assim como tantos outros já realizados pelas ruas de Mato Grosso do Sul, com cobrança não só ao poder público, mas a toda sociedade, dizem os organizadores. A diferença é o surgimento de novas vítimas, como a travesti Débora Mansini, assassinada no dia 13 de março com dois tiros, às 19h47.
Com camisetas que estampam o rosto de Débora, amigos detalham o dia do crime. Ela estacionou o carro, seguiu para o ponto onde trabalhava como profissional do sexo e acabou executada. Até agora nenhum suspeito foi apontado pelo Polícia.
A também travesti Donatella Splash protesta neste sábado pela amiga e também como vítima de violência. Em 2002 foi espancada no trabalho por homens.