Cidades

Mãe procura há 90 dias filho levado por ex-marido

Redação | 12/03/2010 12:15

Há noventas dias, a assistente social Marina Espósito Gomes, de 46 anos, vivencia a angústia de não saber o paradeiro de seu único filho. No último dia 12 de dezembro, o garoto de 8 anos saiu de casa, em Campo Grande, com o pai Marco Pólo da Câmara Pires, de quem Marina se separou há seis anos.

"Ele tinha o compromisso de trazer no dia 13 de dezembro às 18h. E no dia 17 de dezembro poderia levá-lo para passar as férias até o dia 7 de janeiro", conta a mãe. Mas o pai e o garoto nunca mais retornaram.

Inicialmente, o menino, levado para a casa da avó paterna, no Rio Grande do Norte, ligava todos os dias. Contudo, desde o dia 4 de fevereiro Marina nunca mais conversou com o filho. "Ouvi o pai dizendo que tanto ia entregar ele depois do Carnaval ou talvez nunca mais", recorda, atemorizada.

Nos últimos três meses, foram cumpridos 4 mandados de busca e apreensão: um no Rio Grande do Norte e três em São Paulo. Marina, que tem a guarda da criança, conta que vai a todos os lugares onde há possibilidade de encontrar o filho.

Marco Pires não tem endereço fixo, portanto nunca é localizado.

Marina conta que no início deste mês, Marco chegou a levar a criança a uma emissora de TV. Ele justificou que a criança não quer voltar. Para a mãe, o ex-marido levou o filho por vingança. "Ele ameaça, falando que o garoto nunca mais o verá".

Enquanto espera, Marina se esforça para que o filho encontre a mesma rotina ao retornar. "Fiz a matrícula na escola, paguei dois meses de mensalidade, comprei uniformes. Mantive a matrícula na natação".

Em 2008, Marco ficou 60 dias com o menino, mas na época, a mãe não fez denúncia. "Meu filho voltou com bloqueio de aprendizagem e passou a ser atendida por uma psicopedagoga". A mãe sonha com o reencontro. "Você vai vir em casa e conhecer o meu filho".

Procura - Roberto Antônio Nadalimi Mauá, advogado de Marina, explica que a situação não se configura rapto por ser tratar do pai, mas em desobediência a decisão judicial que dá a guarda da criança à mãe.

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