Cidades

Licença ambiental pode atrasar obra de duplicação da BR-163 em MS

Filipe Prado | 12/09/2015 08:38
O diretor-presidente admitiu que não há licenciamento ambiental, porém as obras continuam (Foto: Marcos Ermínio)
O diretor-presidente admitiu que não há licenciamento ambiental, porém as obras continuam (Foto: Marcos Ermínio)

O licenciamento ambiental está atrasado seis meses e pode prejudicar o cronograma de duplicação da BR-163, que deve ser concluído em quatro anos. Além dos 84,60 quilômetros duplicados nos primeiros meses de concessão, a CCR MS Via tem aval para duplicar mais 40 quilômetros, porém a licença ambiental, necessária para o restante das obras, ainda não foi concedida. A expectativa é de que o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) concede a licença até o próximo mês.

Durante coletiva de imprensa para lançamento do serviço de pedágio na BR-163, o diretor-presidente da CCR MSVia, Maurício Soares Negrão, admitiu que a empresa não possui licenciamento para a duplicação do restante da rodovia. A licença estava prevista para ser liberada em abril deste ano, mas ainda não foi aprovada pelo Ibama.

Por enquanto foi duplicado 10% do previsto e obras de mais 40 km devem começar nos próximos dias, mesmo sem a licença ambiental, somente com autorização do Ibama, tendo em vista várias restrições, como estar fora da Amazônia Legal.

O diretor-presidente acredita que a EPL (Empresa de Planejamento e Logística) deve conceder a autorização entre setembro e outubro de 2015. Porém, ele garantiu que as obras não estão atrasadas. Na sua avaliação, não há atraso na duplicação.

Pedágio - O valor do pedágio teve aumento de 47% em Mato Grosso do Sul, com o preço médio a cada 100 quilômetros oscilando de R$ 4,38 para R$ 6,48. A partir de segunda-feira (14), nos 847 quilômetros, as praças de pedágio vão cobrar valores que variam entre R$ 4,70 até R$ 7,20 para automóveis.

O aumento levou em conta o reajuste com base do IPCA, com acréscimo de R$ 1,33, as perdas provocadas a partir da Lei dos Caminhoneiros, onde os eixos suspensos não pagarão pedágio, o que gerou um aumento de R$ 0,66 na tarifa. As despesas que ocorreram fora de contrato também originaram novos gastos, somando R$ 0,12 no valor pago pelo motorista.

Das nove praças de pedágio, as mais caras estão nos trechos de Campo Grande e no município de Rio Verde de Mato Grosso, onde serão cobrados R$ 7,20. A tarifa mais barata é em Mundo Novo, sendo cobrado R$ 4,70.

Até o momento foram duplicados 84,3 quilômetros de rodovia, sendo injetados R$ 730 milhões até setembro deste ano. Conforme a concessionária, foram registrados 50% a menos de mortes em acidentes na BR.

Duplicação da BR-163, na chegada de Campo Grande, pode atrasar (Foto: Gerson Walber/Arquivo)
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