Laudo aponta que agressão causou morte de menina
Laudo necroscópico aponta que a menina Luana, 2 anos, morreu ontem em decorrência das agressões que sofreu na noite de segunda-feira, na residência da família da avó materna, localizada no Jardim Independência, em Anastácio, cidade distante 135 quilômetros de Campo Grande.
O delegado titular da cidade, Evandro Luiz Banheti Corredato, pedirá ainda hoje a prisão preventiva do padrasto da criança, Valdir Coronel, 20 anos, que está preso desde a noite de ontem, quando foi flagrado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) no momento em que fugia para São Gabriel do Oeste.
Segundo o delegado, o exame aponta que a menina morreu devido à hemorragia interna decorrente das agressões.
Ele revela ainda que o fígado da criança se rompeu devido às pancadas.
A mãe da menina, de 28 anos, contou à Polícia Civil que o companheiro deu uma surra na filha na noite de segunda-feira.
Quando acionou a Polícia, às 11 horas de ontem, a mulher disse que a filha sentiu-se mal e morreu antes mesmo de conseguir levar a criança ao médico.
Os policiais desconfiaram dos hematomas que a menina apresentava pelo corpo e do desaparecimento do padrasto de Luana, que é irmão do pai da criança.
De Jaraguari, onde foi preso, Coronel será levado esta tarde para Anastácio.
Ele prestará depoimentos, assim como os vizinhos da residência onde ocorreram as agressões.
A Polícia Civil investigará quem estava na casa no momento do crime e se a mãe teve participação na violência.
Valdir Coronel responderá por maus tratos seguido de morte.
Caso seja condenado, poderá ficar até 12 anos preso pelo crime.