Cidades

Justiça aciona Polícia Federal para desocupação do Incra

Redação | 08/11/2008 15:47

Oficiais de justiça recorreram à Polícia Federal para cumprirem o mandado de reintegração de posse do prédio do Incra, que é ocupado por cerca de 700 sem-terra desde a última quarta-feira.

Na tarde de hoje os oficiais foram a até a sede do Instituto para entregar a mandado. Os sem-terra tinham pedido, à Justiça Federal, permissão para permanecerem no local até segunda-feira, mas foi negado pelo juiz federal Dalton Igor Kita Conrado.

Após a comunicação oficial, o grupo fez uma pequena assembléia e decidiu deixar o Incra, mas não neste sábado. O grupo quer um prazo até segunda-feira às 7h, alegando falta de transporte para todas as pessoas. Os sem-terra calculam que seriam necessários 14 ônibus para levá-los de volta até seus municípios, o que não é possível conseguir para hoje.

Diante da negativa do grupo,os oficiais seguiram até a sede da PF para comunicar a necessidade de força policial para proceder a retirada das famílias.

O ouvidor do Incra, Júlio Trajano, e o deputado estadual, Pedro Kemp (PT), estão no local e tentam, junto ao governo do Estado e ao próprio Instituto, conseguir os ônibus necessários.     

Situação - Todas as salas do prédio do Incra estão ocupadas, há colchões, trouxas de roupas e comidas por onde quer que se ande. Neste momento, os ocupantes cantam músicas do movimento dos sem-terra.

Desde quarta-feira tem chegado pessoas de assentamentos e acampamentos de sete municípios do Estado: Itaquiraí, Japorã, Sidrolândia, Corguinho, Dois Irmãos, Terenos e Dourados. A maioria deles veio de carona até Campo Grande.    

Resposta -  Na Polícia Federal, a resposta é que a desocupação não deve ocorrer neste final de semana. A PF explica que a maioria dos agentes ainda está envolvida na Operação Vulcano, que ontem prendeu 37 pessoas em Mato Grosso do Sul por fraude contra a Receita Federal.

Quase todos os agentes de Campo Grande estão em Corumbá, onde estava à maior parte da quadrilha que fraudava exportações. Por isso, não há viaturas nem agentes em número suficiente para cumprir a determinação judicial. Os agentes que já retornaram a Campo Grande estão cansados, pois, segundo a PF, dobraram o plantão.   

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