Cidades

Jornalista não aparece em audiência do Caso Rogerinho

Redação | 21/06/2010 08:03

O jornalista Agnaldo Gonçalves, assassino do garoto Rogério Pedra, o Rogerinho, não compareceu hoje a audiência no Fórum de Campo Grande. Estava agendado depoimento dele e de outras 3 testemunhas de defesa, mas Agnaldo continua no litoral de São Paulo, segundo informa o advogado do réu, Valdir Custódio.

Nesta manhã serão ouvidas as testemunhas Sebastião Geraldo Pereira da Silva, Emerson Delaus de Carvalho Pereira e o empresário Antônio João Hugo Rodrigues, dono do Jornal Correio do Estado e também suplente de senador.

O advogado diz que vai solicitar ao juiz Carlos Alberto Garcete para que o réu seja ouvido por carta precatória, instrumento utilizado nos casos em que os envolvidos no processo vivem distantes da cidade onde tramita a ação.

Agnaldo mora atualmente em Praia Grande (SP). Caso o juiz concorde com o procedimento, a Justiça de Mato Grosso do Sul terá de enviar as questões à Justiça de São Paulo, para que o jornalista seja ouvido.

O réu teve novamente a prisão decretada no 31 de maio, durante audiência também das testemunhas de defesa, sob alegação de que estaria obstruindo o trabalho da Justiça.

Ele é acusado de forjar a separação da esposa para transferir bens e assim escapar de pagamento caso seja condenado a indenização de 1,3 milhão, solicitada pela família de Rogerinho, como danos morais.

Mas na sexta-feira, antes mesmo de ser preso, Agnaldo conseguiu habeas corpus e continua em liberdade.

Valdir Custódio avalia que a decisão favorável, mesmo em liminar, já é um indicativo de que a Justiça acredita que o jornalista não se separou para burlar a lei.

Já o advogado da família, Ricardo Trad, espera que a decisão seja revista e concedido o mandado de prisão. "Ele está transferindo patrimônio para outras pessoas no sentido de burlar a Justiça. A ausência dele hoje é mais um motivo para prisão preventiva", argumenta.

Nesta manhã, mais uma vez parentes e amigos do garoto compareceram para acompanhar os depoimentos, com camisetas com o rosto do menino estampado, mas aguardam do lado de fora da sala de audiências.

A irmã do avô de Rogerinho, Tânia Maria Pedra, é uma entre os manifestantes. Ela diz que compareceu ao fórum para ver "quem tem coragem de defender o Agnaldo".

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