Cidades

Jacini critica falta de investimentos do governo federal em segurança no MS

Leonardo Rocha | 08/07/2013 12:06
Secretario diz que governo federal não cumpre propostas do Enafron (Foto: divulgação)
Secretario diz que governo federal não cumpre propostas do Enafron (Foto: divulgação)

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, criticou a falta de investimentos do governo federal através do Enafron (Estratégia Nacional de Segurança Pública para as Fronteiras) em Mato Grosso do Sul.

De acordo com ele, o programa prevê uma série de ações que não foram cumpridas pela União. O secretário citou que os investimentos deveriam abranger os 44 municípios que estão na fronteira e não apenas os 33 que são atendidos atualmente. “O programa prevê toda a cobertura, está faltando assistência”.

Jacini também ressaltou que era preciso construir, mobiliar e custear novos presídios federais de segurança média. “O governo (federal) nunca construiu e custeou os presídios, nosso Estado possui a maior população carcerária federal do país, dos 12 mil presos, 5 mil são federais”, apontou. Segundo ele, as cidades de Dourados, Ponta Porã, Naviraí e Corumbá deveriam ser contempladas.

Sobre as unidades de segurança, o secretário destacou que é preciso construir, reformar e aparelhar os locais. “O Estado não produz cocaína e maconha, esta droga vem de outro lugar, por isso precisamos de apoio, das nossas 109 unidades nós reformamos 70, faltam 39”, revelou.

Atuação - Jacini espera que a atuação na fronteira aconteça em três níveis: estadual, nacional e internacional. “Estas operações de combate a drogas devem ser em conjunto, ações integradas entre as policias e com a cooperação do Paraguai e Bolívia”.

O delegado da Policia Federal, Fernando Paganelli, também solicitou um aumento de efetivo nas fronteiras, assim como a capacitação e treinamento. “É preciso ter experiência e preparo para realizar esta tarefa”.

Paganelli ainda pediu que fosse pago um “adicional” aos profissionais que irão trabalhar na fronteira. “Seria um incentivo e uma forma de fortalecer o setor”. O delegado revelou que além do trafico de drogas, o contrabando do cigarro precisa da atenção do poder público e de penas mais severas. “Está aumentando e o crime organizado está cada vez mais estruturado”, apontou.

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