Irmão de Bruno diz que Comando Vermelho participou da morte de Eliza
Com medo de morrer, Rodrigo afirma que não dará detalhes do que sabe antes de ter proteção
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Após afirmar ter visto a modelo Eliza Samúdio morrer, o irmão do goleiro Bruno Fernandes, informou em uma entrevista no Piauí, onde está preso por estupro, que a facção criminosa carioca Comando Vermelho está envolvida no crime e há um “pacto de silêncio” entre várias pessoas.
De acordo com o site UOL, Rodrigo Fernandes das Dores de Sousa, 27 anos, disse ter medo de ser morto quando voltar à rua. Por isso, não daria mais detalhes sobre o assunto sem ter proteção.
Além do Comando Vermelho, Rodrigo afirmou que o grupo PCM (Primeiro Comando do Maranhão) também estaria envolvido no crime. A facção é um dos grupos que tomam conta dos presídios do Maranhão. O irmão do goleiro Bruno disse ainda que o silêncio sobre os detalhes do que sabe é por medo de pessoas envolvidas no crime e citou a existência de um pacto "com Bruno e outras pessoas" para não revelar como tudo aconteceu.
O pedido de depoimento de Rogério partiu da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que ainda investiga o caso. No depoimento ele confirmou que estava no Rio de Janeiro quando Eliza foi sequestrada. "Disse também ter presenciado o homicídio de Eliza Samúdio, ocorrido em Minas Gerais, e informou que prestaria mais informações a respeito caso venha a ser incluído em programa governamental de proteção à testemunha", confirma em nota a Polícia Civil carioca.
A veracidade do depoimento está sendo apurada pela Polícia Civil tanto do Rio de Janeiro como de Minas Gerais, onde ocorreu o homicídio e devem estar os restos mortais de Eliza.
Caso - Bruno foi condenado a 22 anos pela morte de Eliza Samúdio, que desapareceu em 2010. À época, a jovem buscava na Justiça que o então goleiro do Flamengo reconhecesse a paternidade de seu filho, Bruninho. O menino mora em Campo Grande com Sônia Moura, mãe de Eliza.
Conforme a investigação, a modelo foi torturada e morta a mando do goleiro. Segundo os depoimentos, foram descobertos indícios de que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, teria sido contratado para matar a jovem e esconder o corpo. Ele teria asfixiado e cortado o corpo de Eliza, jogando os pedaços para os cães da raça Rottweiler, que ele criava. A condenação de Bruno foi em 2013.