Cidades

Intervenção deixa Santa Casa fora de programa de crise

Redação | 24/01/2008 16:40

A instabilidade na Santa Casa de Campo Grande foi o motivo principal para a exclusão do hospital de um programa consorciado entre a iniciativa privada e Petrobras que tem como objetivo tirar hospitais da crise. O programa é administrado pela CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas) com recursos da Gerdal e da Petrobras. A meta é garantir eficiência a 2,1 mil hospitais filantrópicos do País por meio da aplicação de programa específico, mas para ter acesso ao benefício, as associações mantenedoras devem estar à frente da administração.

Conforme o superintendente da CMB, José Roberto Spigolon, entre os pré-requisitos para receber o auxilio está a forma de administração dos hospitais. "A pessoa jurídica da ABCG (Associação Beneficente Campo Grande) continuou filiada à confederação, mas não tem mais a gestão do hospital e não está dentro de nossos critérios. Não teríamos a ousadia de levar o programa à junta interventora", justificou.

Caso não estivesse sob intervenção, a Santa Casa de Campo Grande atenderia à maioria das exigências para a inclusão no programa. A principal delas é estar em crise. Na primeira etapa do programas foram eleitos 248 hospitais de todas as regiões do País, correspondendo a 10% deste tipo de entidade filantrópica. Para estes locais será aplicado o programa Kaisen, um modelo de administração desenvolvido pela montadora japonesa Toyota adaptado ao setor da saúde.

O programa tem como meta conferir eficiência de gestão em todos os setores das empresas com o auxílio de consultores especializados que foram treinados pela CMB. O enfoque será para gestão estratégica, de modernização e do processo operacional. A expectativa é que questões como controle de estoque de medicamentos e atendimento ao paciente sejam garantidos sem prejuízos por compras mal planejadas, ou procedimentos ineficientes. Ou seja, o bojeitov é deixar os hospitais mais dinâmicos.

O modelo de gestão foi testado no segundo semestre de 2007 em 50 hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul. Além dos consultores e de um software específico, o programa prevê o fornecimento de equipamentos de informática. O atendimento é gratuito, mas os hospitais precisam cumprir as metas para garantir a eficiência preconizada pelo programa.

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