Interior

Vereadores acusados de receber diárias indevidas têm bens bloqueados

Priscilla Peres | 15/10/2015 16:52
(Foto: Folha MS)
(Foto: Folha MS)

O MPE (Ministério Público Estadual) abriu inquérito para investigar a "farra das diárias" na Câmara de Ladário. A suspeita é de que os vereadores receberam R$ 497.508,50 pelo recebimento de diárias em período de recesso, entre os anos de 2011 e 2013. A denúncia ao MPE partiu do vereador Romildo Ferreira da Silva (PSD), que à época era suplente de vereador.

Segundo informações do site Diário Corumbaense, o juíz expediu liminar determinando a indisponibilidade dos bens, com o "objetivo de garantir o integral ressarcimento do erário". Além disso, a medida pleiteada pelo Ministério Público "tem fundamento no previsto no artigo 7º da Lei de Improbidade Administrativa", disse o magistrado.

A decisão de hoje decretou indisponíveis todos os bens de Emerson Valle Petzold (atual presidente do Legislativo), até o limite de R$ 39.950,00; de Fabio Peixoto de Araújo Gomes (1º secretário da atual mesa diretora da Câmara) até o limite de R$ 20.785,00; de Paulo Henrique C. de Araújo Chaves (vereador) até o limite de R$ 67.124,00; de Hélder Naule Paes dos Santos Botelho (ex-vereador) até o limite de R$ 35.940,00; de Mauro Botelho Rocha (vereador) até o limite de R$ 81.252,00; de Mirian De Oliveira (ex-vereadora) até o limite de R$ 35.772,00; de Munir Sadeq Ramunieh (ex-vereador) até o limite de R$ 34.929,00; de Osvalmir Nunes da Silva (vereador) até o limite de R$ 47.729,00; de Iranil de Lima Soares (vereador) até o limite de R$ 85.556,00 e de Delari Maria Bottega Ebeling (vereadora) até o limite de R$ 48.471,00.

O juiz André Luiz Monteiro determinou a notificação dos dez vereadores citados e estipulou prazo de 15 dias para manifestações, por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações dos envolvidos.

Caso - No dia 10 de outubro, o Campo Grande News mostrou que os vereadores estavam sendo investigados por envolvimento na farra das diárias. A investigação teve início a partir de representação formulada por Romildo Ferreira da Silva, suplente de vereador à época, o qual informou a existência de irregularidades no recebimento de diárias pelos vereadores de Ladário e também ilegalidades na contratação de escritório de contabilidade pela Câmara, sendo que neste caso já tramita ação civil pública contra o então presidente da Câmara de Vereadores, Emerson Vale Petzold, por fraude de licitação na contratação de empresa de contabilidade.

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