Interior

Surgem os primeiros casos suspeitos de febre chikungunya em Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 19/11/2014 17:21
Prefeitura intensificou mutirões para combater o mosquito da dengue, que também transmite a febre chikungunya (Foto: Eliel Oliveira)
Prefeitura intensificou mutirões para combater o mosquito da dengue, que também transmite a febre chikungunya (Foto: Eliel Oliveira)

Um rapaz de 23 anos e uma mulher de 30 são os primeiros casos suspeitos de febre chikungunya no município de Dourados, a 233 km de Campo Grande. O rapaz mora no Jardim Maracanã e teria viajado recentemente ao Paraguai. Já a mulher mora no Jardim Piratininga e afirma não ter feito nenhuma viagem recentemente, o que aumenta a preocupação, pois neste caso a suspeita é de contaminação local.

Relatório apresentado nesta semana pela Secretaria de Estado de Saúde mostra que foram registrados dois casos suspeitos de febre chikungunya em Dourados. A doença é semelhante a dengue. Segundo os dados divulgados, em todo o Estado existem atualmente 19 casos suspeitos da doença aguardando resultado. Esta semana um caso foi confirmado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) em Campo Grande, O paciente com a doença é um homem de 35 anos.

A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde informou que tanto o rapaz quanto a mulher têm sintomas semelhantes aos causados pela dengue, como dor de cabeça, febre e vômito. Entretanto, apresentam forte dor nas articulações.

O gerente do núcleo de controle de epidemia de Dourados, Devanildo de Souza Santos, disse ao site Dourados News que esse fato causa preocupação da possibilidade de ser a nova doença, ainda não detectada na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.

De acordo com servidor da Secretaria de Saúde, os dois pacientes recebem cuidados em casa. O rapaz chegou a ficar um dia internado no Hospital da Vida, mas foi liberado. O resultado dos exames desses dois casos deve sair no início de dezembro.

Mutirões contra mosquito – No início deste mês, a Secretaria de Saúde intensificou os mutirões de limpeza nos bairros e as campanhas de conscientização da população para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya.

De janeiro a outubro foram feitos 96 mutirões para eliminar focos do inseto e acabar com os criadouros, geralmente são encontrados nos quintais, como pneus velhos, garrafas e outros recipientes onde a água fica acumulada.

O levantamento mais recente mostrou que a infestação do mosquito é de 0,7%, considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde. Entretanto, com as altas temperaturas e chuvas constantes a tendência é de maior infestação.

A febre se dissemina de três a quatro vezes mais rápido do que a dengue e a morbidade dela também é maior. O paciente sente dores mais fortes e pode demorar de três meses a dois anos para se recuperar. No entanto, a forma de evitar é a mesma: reduzir os focos do mosquito transmissor.

“Não existem vacinas ou remédios que previnam essas doenças, nós tratamos os sintomas. Por isso é importante a população permanecer em alerta e cuidar dos quintais, da eliminação de focos do Aedes aegypti. É a forma mais efetiva de evitar as doenças”, afirmou Devanildo de Souza Santos.

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