Interior

Sindicato consegue soltar cinco trabalhadores da Usina presos em Água Clara

Paula Maciulevicius | 29/03/2011 21:03

Funcionários estão presos desde a última sexta-feira

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada em Mato Grosso do Sul, conseguiu através de alvará, a soltura de cinco trabalhadores da Usina São Domingos, em Água Clara, presos desde a última sexta-feira (25).

Os presos estão em liberdade desde às 20 horas de hoje.

Segundo o advogado do Sindicato, Luiz Mesquita Dossay Júnior, foi pedido o relaxamento da prisão por não haver embasamento legal para a prisão dos funcionários.

“Eles foram pegos como suspeitos de terem ateado fogo. Mas na verdade foi um grande tumulto. E acabaram pegando os cinco aleatoriamente. Porque não tem como saber quem começou”, argumenta.

Os cinco trabalhores soltos foram o armador José Afonso Soares, carpinteiro Joel Carvalho dos Santos, armador Antônio Francisco Clementino, apontador Franklan Ferreira da Silva e o pedreiro José Airton de Medeiros.

O caso – Trabalhadores da construção da Usina Hidrelética São Domingos, no município de Água Clara, incendiaram os alojamentos e veículos na tarde de quinta-feira (24). A obra é da Eletrosul e, segundo foi anunciado quando começou, empregaria 400 pessoas.

Equipes da Polícia Militar da cidade, de Ribas do Rio Pardo e de Três Lagoas foram enviadas ao local, que fica a 80 quilômetros da cidade.

Na segunda-feira (21), os trabalhadores denunciaram que não receberam o salário e, ao pedir demissão, tiveram o acerto negado e a Carteira de Trabalho retida pelo empregador. Dessa maneira, não conseguem ir embora do município, distante 198 quilômetros de Campo Grande.

A empresa diz que o incêndio nos seis pavilhões usados para alojamento dos 1.000 trabalhadores foi provocado por um grupo isolado de trabalhadores contratados pelo consórcio São Domingos, composto pelas empresas Engevix e Galvão.

Esse grupo também ateou fogo no centro ecumênico, refeitório, guarita e no centro de inclusão digital implantado para que pudessem manter contato gratuito com as famílias.

Nos siga no Google Notícias