Sem-terra continuam em área de usina e acampamento será "definitivo"
Os sem-terra acampados desde a madrugada de sábado (10) na Usina Jatopar, em Sidrolândia, a 71 quilômetro de Campo Grande, devem permanecer no local por tempo indeterminado. O grupo já montou acampamento e batizou o novo endereço com o nome de um antigo dirigente do MST (Movimento Sem-Terra), João Luís de Lima.
Conforme a assessoria de imprensa do MST, a permanência no local não será temporária. Espera-se que 500 famílias ocupem a região, mas até o momento cerca de 150 estão na usina. Agora o grupo irá se organizar para, entre outras coisas, receber a cesta básica.
A área onde está o grupo do MST já é ocupada por 28 funcionários da usina que foram demitidos há 3 anos quando a empresa faliu. Os empregados ocupam 150 hectares de uma área de 9 mil hectares.
Já está em andamento um estudo de produtividade da terra feito pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Se a área for produtiva, o Incra ingressa com processo de reforma agrária, caso contrário, é feito o pedido de compra do local, como informou a assessora do MST.
Usina- Dos quase 700 funcionários da Usina Jatopar que ficaram sem emprego quando a usina faliu, 28 fizeram acordo com a empresa e utilizam a terra para plantio. Conforme a assessora dos sem-terra, 13 funcionários se revezam na guarda da estrutura e também de maquinários da usina.