Interior

Sem registro oficial, suposto tremor de terra continua sendo mistério

Centro de Sismologia da USP recebeu relato de douradense, mas sistema não registrou abalo; Defesa Civil suspeita de dinamite

Helio de Freitas, de Dourados | 19/07/2016 08:19
Relato feito por douradense ao Centro de Sismologia da USP (Foto: Reprodução)
Relato feito por douradense ao Centro de Sismologia da USP (Foto: Reprodução)

Continua um completo mistério o tremor de terra que teria ocorrido no início da noite de ontem (18) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Moradores de vários pontos da cidade usaram as redes sociais para comentar um suposto abalo sísmico entre 18h e 19h, que teria balançado janelas de vidro e até portões. Outros dizem que ouviram um forte estrondo.

Apesar de o fato ter durado pouco mais de um segundo, conforme os moradores que dizem ter percebido o tremor, o horário exato é desconhecido.

O Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo) e o Observatório Sismológico da UNB (Universidade de Brasília) não registraram o suposto tremor em Dourados. As duas universidades possuem um sistema que acompanha em tempo real a ocorrência de abalos em todo o mundo.

No sistema da USP, por exemplo, foram registrados ontem nove abalos na costa do Chile, no Peru e na Bolívia, região onde os terremos são tão comuns que somente nesta terça-feira já ocorreram três abalos.

Relato de douradense – “Tremor reportado por Wilson no dia 18/07/2016. A intensidade indicada do tremor foi fraca e sentido no dia 18/07/2016 às 18h”, informou o sistema da USP, ontem à noite.

“Som abafado de algo pesado caindo no chão e as janelas de correr vibraram”, relatou o douradense.

Nesta manhã, Marcelo Assumpção, do Centro de Sismologia da USP, respondeu a e-mail do Campo Grande News e disse que algumas estações de Mato Grosso do Sul estão fora do ar, talvez por isso o tremor ocorrido em Dourados não tenha sido identificado automaticamente.

Já a Defesa Civil da cidade acredita que o abalo tenha ocorrido por causa de uma explosão com uso de dinamite em alguma pedreira da região, mas esse fato também não foi confirmado ainda.

O coordenador da Defesa Civil, João Vicente Chencarek, disse que já ocorreram casos semelhantes no passado e nas outras vezes o motivo foi o uso de explosivos, o que não é proibido. No Corpo de Bombeiros de Dourados houve apenas duas chamadas ontem à noite relatando o suposto abalo.

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