Interior

Sem leitos em hospitais particulares, Cassems já dispensa convênios

Quatro principais unidades de Dourados não estão mais recebendo pacientes covid-19

Tainá Jara | 24/03/2021 14:49
Unidade da Cassems em Dourados (Foto: Divulgação|Cassems)
Unidade da Cassems em Dourados (Foto: Divulgação|Cassems)

Os quatro principais hospitais particulares de Dourados, distante 235 quilômetros de Campo Grande, estão lotados e não conseguem mais leitos de internação para pacientes com covid-19. A Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) já comunicou a suspensão do atendimentos outros convênios de saúde por operar com capacidade máxima no momento.

Ofício recebido na manhã desta quarta-feira pelo convênio São Francisco, o diretor de Unidades Hospitalares da Cassems, Flávio Stival, expõe a sobrecarga de leitos em nove unidades do Estado e a impossibilidade de manter a continuidade dos atendimentos aos beneficiários de convênios médicos.

Conforme o documento, o hospital funciona com a capacidade máxima, com ocupação de 100% dos leitos disponíveis. É possível realizar atendimento na unidade, porém, se for necessária internação, não há onde o paciente ficar para receber tratamento. A Cassems é responsável por atender mais de 70 mil servidores no Estado.

Ainda é possível encontrar atendimento para tratamentos gerais nos hospitais Santa Rita, Hospital do Coração e Hospital Evangélico. As unidades, no entanto, não têm mais condições de receber mais pacientes covid-19 por estarem lotados.

De acordo com o boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde), divulgado nesta quarta-feira, Mato Grosso do Sul tem 205.712 casos registrados de contaminações pelo coronavírus, sendo que 3.915 pessoas morreram. 

Em Dourados, segundo município mais populoso do Estado, e responde pelo segundo maior número de contaminações. São 23.069 casos, portanto 11,2% dos registros feitos. Em Campo Grande, são 82.489 casos, 40,1% do total. Os óbitos são 304 no município do interior e 1.715 na Capital. 

A reportagem do Campo Grande News encontrou em contato com a Cassems, mas não recebeu retorno até o fechamento da edição. 

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