Interior

Sem carnaval da prefeitura, população se organiza para realizar festa

Mariana Rodrigues | 02/02/2016 14:13
Em Rio Brilhante Carnaval será feito por um grupo de amigos. (Foto: Reprodução Facebook)
Em Rio Brilhante Carnaval será feito por um grupo de amigos. (Foto: Reprodução Facebook)

Após recomendações do MPE (Ministério Público Estadual) para que 10 cidades de Mato Grosso do Sul não realizassem Carnaval, alguns empresários se mobilizaram para garantir a tradicional festa em seus municípios. Esse foi o caso de Rio Brilhante, distante 163 quilômetros de Campo Grande, onde um produtor cultural e mais três amigos decidiram transformar o "Carna Rio", em uma festa particular e reverter metade do valor arrecadado para a Associação Beneficente municipal.

Segundo Patrese Marengo Rios, 23 anos, a ideia surgiu após os próprios componentes dos blocos e o público em geral, que estão acostumado com a folia de rua, o procurarem para encontrar uma saída e realizar a festa. "O carnaval é um evento muito grande, por isso decidimos fazê-lo", conta ele que espera lucrar ainda com a venda de bebidas e praça de alimentação.

O investimento para que o Carnaval seja realizado será dos próprios organizadores, para custear as despesas e garantir o lucro será cobrado o valor de R$ 5 pela entrada. Há também a opção dos camarotes open bar que custam R$ 200 para os cinco dias ou R$ 50 para cada dia. A festa será realizada na mesma avenida onde acontecia o Carnaval de rua nos anos anteriores, a Lorival Barbosa. "Como toda festa particular, vamos ter que tirar do nosso próprio bolso para investir", conta.

Fátima do Sul - O prefeito Junior Vaconcelos (PSDB), também decidiu acatar a decisão do MPE e não liberar recursos municipais para realizar a festa. Mas para garantir que o Carnaval fosse realizado, e como a recomendação foi feita há uma semana da realização dos festejos que já estavam sendo organizados, a LESF (Liga das Escolas de Samba) assumiu a realização do Fátima Folia 2016 juntamente com a Acifas (Associação Comercial e Industrial de Fátima do Sul).

A Prefeitura vai apoiar o Carnaval, que já acontece há 11 anos, com os serviços essenciais, como liberação do espaço, pois caso, a festa fosse cancelada, a economia do município seria afetada. "Sem o Carnaval estimamos uma perde de R$ 2 milhões, vários comerciantes se prepararam, além de hotéis e restaurantes que aumentaram o estoque para receber os foliões".

As atrações começam na sexta-feira (5) e seguem até a segunda-feira (8), o evento acontece na Avenida 9 de Julho que será fechada para realização do carnaval.

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