Interior

Seis são condenados por morte de preso após 14 horas de julgamento

O crime aconteceu em fevereiro de 2017, numa das celas da PED (Penitenciária Estadual de Dourados)

Viviane Oliveira | 22/11/2019 09:59
Horas antes do crime, policiais foram acionados para conter motim (Foto: arquivo/Dourados News)
Horas antes do crime, policiais foram acionados para conter motim (Foto: arquivo/Dourados News)

Após 14 horas de julgamento, seis dos nove presidiários apontados por envolvimento no assassinato de José Alécio dos Santos, na época com 35 anos, foram condenados nesta quinta-feira (21). O crime aconteceu em fevereiro de 2017, numa das celas da PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Na ocasião, a vítima acabou morta por estrangulamento.

De acordo com a decisão anexada ao processo, Rogério Lourenço dos Santos, Claudinei Oliveira da Silva, Romildo Oliveira Lopes, Davidson Almiro Santos Oliveira, James Willian Rodrigues da Rocha e Gerson Nascimento de Andrade, foram condenados por “homicídio qualificado pela promessa de recompensa, pelo emprego de asfixia e pelo recurso que dificultou a defesa”.

Outros três internos apontados pelo envolvimento no crime, Danilo Maurício Souza Ferreira, Maycon Braga Prado e Everton Calixto Flores, foram absolvidos. Considerado um dos maiores julgamentos em número de réus já ocorrido em Dourados, a sessão teve início por volta das 8h de quarta-feira e durou aproximadamente 14h. Não foi divulgada a condenação de cada interno. Todos estão presos respondendo por algum tipo de crime em presídios do Estado.

Crime - Conforme denunciado pelo MPE (Ministério Público Estadual), no dia 24 de fevereiro de 2017, entre 1h30 e 3h40, parte do grupo cometeu o assassinato do detento por estrangulamento. A investigação descobriu que Claudinei encomendou a morte do desafeto oferecendo dinheiro a outros presos. A negociação foi realizada diretamente com Rogério Lourenço que contratou os internos do mesmo bloco para a execução do plano. Já Romildo Oliveira se responsabilizou em fornecer armas artesanais para cometer o assassinato. 

Na data do crime, Romildo e outros internos que estavam na cela disciplinar 10, se encontraram na cela 13, a mesma onde José Alécio permanecia preso. Lá, ainda conforme a denúncia, Rogério entrou e usou uma corda artesanal para estrangular o rapaz. No mesmo dia, com exceção de Claudinei e Romildo, os outros sete internos suspeitos de envolvimento no caso foram levados para o 2º Distrito Policial de Dourados. Horas antes do crime, o grupo chegou a fazer motim na galeria. (Com informações do site Dourados News) 

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