Interior

Secretário alerta para contaminação de carne saqueada após incêndio

Ricardo Campos Jr. | 14/01/2017 18:09
População saqueia carne após incêndio em caminhão (Foto: Nova Alvorada Notícias)
População saqueia carne após incêndio em caminhão (Foto: Nova Alvorada Notícias)

A carne saqueada pela população após um incêndio com caminhão frigorífico em Nova Alvorada do Sul, a 120 quilômetros de Campo Grande, pode estar contaminada. O alerta foi feito pelo secretário estadual de Saúde daquele município, Rubens Trombini, em entrevista ao jornal local Nova Alvorada Notícias.

Segundo ele, diversos fatores contribuem para que o produto fique inapropriado para consumo e possa trazer diversos riscos à saúde. Em primeiro lugar, mesmo estando refrigerada durante a viagem, sofreu uma grande variação de temperatura na carroceria e teve contato com fumaça e gases liberados pelo fogo, que são altamente tóxicos devido à presença do poliuretano expandido.

Esse elemento é usado no revestimento interno dos caminhões frigorífico e contém, por exemplo cianeto. Mesmo se o produto foi lavado antes de ser cozido pode trazer danos ao corpo humano. Não basta, segundo ele, jogar fora a peça. É preciso incinerá-la ou enterrá-la em local apropriado.

Trombini orientou as pessoas que pegaram os produtos a procurar o Hospital Municipal imediatamente se apresentarem dores abdominais, náuseas, cólicas ou quaisquer outros distúrbios intestinais, principalmente as crianças.

A Polícia Civil local está em alerta caso algum açougue venha a vender o produto. Nesse caso, o estabelecimento será fechado e o dono, preso em flagrante.

O caso aconteceu na rodovia BR-267 e foi registrado na Polícia Civil local pelo motorista do veículo, um homem de 57 anos. O destino da carga era Maringá (PR), onde fica a empresa distribuidora onde trabalha o motorista.

Conforme o Jornal da Nova, o motorista disse que o fogo se propagou rapidamente, o que obrigou ele a parar no KM 191 da rodovia. Várias pessoas se aglomeraram em torno caminhão e passaram a saquear a carga.

Ao todo, eram levados 34,7 toneladas de carne. Ele conta que não conseguiu controlar os populares, que usaram até caminhões para saquear. A carga também não era protegida por seguro. O caso será investigado.

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