Interior

Réu por feminicídio, advogado tentou alterar cena do crime para enganar polícia

Atualmente, o advogado está no Presídio Militar, onde há alojamento adequado para profissionais do Direito

Viviane Oliveira | 13/06/2021 10:11
Advogado, na ambulância, em uma das vezes que passou mal após ser preso pela Polícia Civil (Foto: arquivo / Marcos Donezelli)
Advogado, na ambulância, em uma das vezes que passou mal após ser preso pela Polícia Civil (Foto: arquivo / Marcos Donezelli)

Réu por matar a namorada e jogar o corpo em milharal, o advogado Alexandre França Pessoa, de 42 anos, alterou a cena do crime para ludibriar a polícia e a Justiça. O corpo de Fernanda Daniele Santos, de 36 anos,  ex-presidente do PSL de nova Andradina, foi encontrado no dia 29 de abril, por volta das 6h20, em plantação de milho perto da MS-276, entre Nova Andradina e Batayporã. 

A vítima foi degolada e o corpo arrastado para o local.  "Depois, com intuito de induzir perito e juiz a erro, o denunciado alterou o estado do corpo da vítima após o crime, limpando seus antebraços e retirando seu pertences que pudessem identificá-la", segundo consta na denúncia do MP/MS (Ministério Público Mato Grosso do Sul).

Ainda conforme o Ministério Público, ao chegar em casa, em Nova Andradina, o advogado limpou os vestígios de sangue que ficaram no veículo Ford/Fusion, de cor preta, lavou os panos utilizados na limpeza e as roupas que vestia quando matou Fernanda. “O denunciado e a vítima mantinham relação íntima havia mais de 1 ano e 8 meses, tinham, inclusive, contrato de união estável, fazendo planos de se casarem”. 

Preso desde o dia 2 de maio, Alexandre passou mal por duas vezes. Atualmente, o advogado está no Presídio Militar de Campo Grande, onde há alojamento adequado para profissionais do Direito. Prints de mensagens trocadas pela vítima reforçam a tese de que ciúmes foi a principal motivação para a morte de Fernanda.  

O advogado foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver: as qualificadoras são feminicídio, emprego de meio cruel e  recurso que dificultou a defesa da vítima.

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