Interior

Réu por 4 crimes, peão que matou ex-prefeito vai a júri popular

Dirceu Lanzarini foi atingido na cabeça e morreu horas depois de funcionário descarregar revólver contra ele

Anahi Zurutuza | 29/04/2021 11:12
Luis Fernandes, o “Paraguaio”, de 55 anos (Foto: Direto das Ruas)
Luis Fernandes, o “Paraguaio”, de 55 anos (Foto: Direto das Ruas)

Réu por quatro crimes, dentre eles o homicídio qualificado do ex-prefeito de Amambai, Dirceu Lanzarini, de 62 anos, Luis Fernandes, conhecido como “Paraguaio”, de 55 anos, vai a júri popular nesta sexta-feira (30). O julgamento, inicialmente marcado para o dia 16 de abril, foi adiado para amanhã em virtude do afastamento da juíza Thielly Dias de Alencar Pitthan.

Conforme a denúncia, Fernandes cometeu o crime mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por motivo fútil. Ele também vai responder por tentativa de homicídio, com as mesmas qualificadoras, em relação ao genro do ex-prefeito, Kesley Aparecido Vieira Matricardi, de 34 anos, além de porte ilegal de arma e por posse ilegal de arma e munição.

A pena prevista pela denúncia do Ministério Público, só em relação ao assassinato de Dirceu Lanzarini, tem condenação que varia de 12 a 30 anos de prisão.

Dirceu Lanzarini, quando foi levado em maca ao Hospital do Coração, em Dourados (Foto: Adilson Domingos)

O crime – Dirceu Lanzarini foi assassinado no dia 24 de fevereiro do ano passado, quando exercia cargo de secretário especial da Casa Civil, no Governo de Mato Grosso do Sul. “Paraguaio” era peão na Fazenda Palmeiras, de propriedade do ex-prefeito, e naquela manhã, descarregou um revólver na direção da caminhonete S10 ocupada pelo patrão e pelo genro dele.

Funcionário de Lanzarini por uma década, Fernandes teria se desentendido com  Lanzarini por causa dos valores de comissões pagas pelos cuidados com lavoura.

O político foi atingido na cabeça e morreu horas depois em Dourados. Kesley foi ferido no braço e de raspão no pescoço, mas sobreviveu.

Para o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), responsável pela acusação, os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, tendo o Luís Fernandes agido repentinamente contra pessoas desarmadas, que estavam no interior do veículo. O motivo dos crimes, segundo a denúncia, é fútil, porque ele agiu quando conversavam sobre trabalho referente ao plantio e outros serviços.

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