Interior

Relatório sobre apalpada deve ser votado em plenário no dia 19

Vereador do DEM votou contra, mas descarta apresentar relatório à parte; outro integrante de comissão defende suspensão de socialista acusado de apalpar as nádegas de colega durante sessão da Câmara

Helio de Freitas, de Dourados | 06/10/2015 10:29
Plenário da Câmara de Dourados, que deve votar relatório sobre apalpada no dia 19 (Foto: Divulgação)
Plenário da Câmara de Dourados, que deve votar relatório sobre apalpada no dia 19 (Foto: Divulgação)

Deve ser votado no dia 19 deste mês o relatório da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara sobre a denúncia contra o vereador Maurício Lemes Soares (PSB), acusado de apalpar as nádegas da colega Virgínia Magrini (PP), em 8 de junho, durante sessão da Câmara de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

Elaborado pelo presidente da comissão, Marcelo Mourão (PSD), o documento considera procedente a denúncia contra Maurício Lemes, mas propõe apenas advertência verbal como punição. Lemes nega e diz que apenas cutucou as costas da vereadora, numa “brincadeira de mau gosto”.

A conclusão de Marcelo Mourão revoltou os outros dois integrantes da comissão, Juarez Oliveira (PRB) e Cido Medeiros (DEM).

Democrata nega outro relatório – Através de sua assessoria jurídica, Medeiros informou ao Campo Grande News que se recusou a votar o relatório, mas descartou apresentar um documento à parte, como chegou a ser divulgado. Segundo seu advogado, essa possibilidade não existe e o relatório de Mourão deve ser apreciado em plenário.

Já o vereador Juarez Oliveira disse que votou a favor do relatório, mas com ressalvas, por não concordar com a punição estipulada pelo presidente da comissão.

Confusão – “O relatório teve muita confusão. O relator fez a leitura e não concordamos. Houve um princípio de desentendimento. O vereador Cido votou ‘não’ e abandonou a reunião, revoltado. Votei com ressalvas, pois defendo uma punição de trinta dias”, afirmou Juarez ao Campo Grande News.

Segundo ele, a discordância de sua parte é quanto à interpretação do caso por parte de Marcelo Mourão: “O relator julgou como agressão física, mas entendo que o caso era de abuso. No caso de agressão física a única condição é advertência, mas vimos que o processo não é de agressão física e sim por abuso, que daria punição maior”.

Juarez Oliveira diz que se o relatório de Marcelo Mourão for rejeitado em plenário, um segundo documento poderá ser elaborado. A vereadora Virgínia Magrini ainda não se manifestou após o relatório ser entregue à secretaria da Câmara, na sexta-feira.

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