Interior

Projeto para arrumar rodovia que sequer foi entregue custará R$ 1,8 milhão

Ricardo Campos Jr. | 06/01/2017 15:58
Trecho da MS-180 repleto de buracos (Foto: direto das ruas)
Trecho da MS-180 repleto de buracos (Foto: direto das ruas)

O projeto para consertar os trechos danificados da MS-180 custará R$ 1.866.844,58 ao Governo do Estado, sem contar a verba para executá-lo, que segundo a Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) não está contida no montante. O problema é que a rodovia, pavimentada entre 2014 e 2015, sequer foi entregue oficialmente em sua totalidade.

Conforme o órgão, a implantação do asfalto começou na gestão passada e foi dividida em quatro lotes. Os dois primeiros, que custaram R$ 33.392.744,19 e R$ 32.255.141,15, foram realizados pela DM. Os restantes, nos valores de R$ 33.460.514,90 e R$ 24.454.128,98, ficaram sob a responsabilidade da CCB / SA.

A primeira empreiteira entregou os trechos que foi contratada para asfaltar, já a CBB/SA não cumpriu os prazos e deixou a terceira etapa inacabada.

Há sete meses, antes que o poder público pudesse tomar qualquer atitude para tocar o empreendimento e entregá-lo oficialmente, chuvas destruíram vários trechos da MS-180, que liga as cidades de Juti e Iguatemi.

Enquanto isso, um comitê ligado ao Conselho de Governança da Segov (Secretaria Estadual de Governo) trabalha para acionar judicialmente as responsáveis pelo serviço. “Estamos preparando a ação para ressarcir os prejuízos causados pela MS-180”, explica Felipe Matos, presidente do grupo.

Como ações judiciais tendem a se prolongar, o governo tem gastado valores extras para consertos paliativos. A MS-180 já recebeu uma dessas intervenções durante o ano passado.

A agência conseguiu classificar aquelas obras como emergenciais para dispensa de licitação e gastou R$ 433,5 mil na recuperação de um trecho no quilômetro 95.

O setor de engenharia da DM disse ao Campo Grande News que não iria se pronunciar a respeito por não ter sido acionada pelo contratante em relação aos problemas. Na CCB Construtora, ninguém atendeu às ligações. 

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