Interior

Projeto incentiva cultura de subsistência em aldeias dominadas pela droga

Helio de Freitas, de Dourados | 27/02/2018 12:48
Mudas de banana, abacaxi e de urucum foram entregues hoje em aldeias de Dourados (Foto: A. Frota/Divulgação)
Mudas de banana, abacaxi e de urucum foram entregues hoje em aldeias de Dourados (Foto: A. Frota/Divulgação)

Com pelo menos 15 mil pessoas morando em 3.600 hectares, a reserva de Dourados, a 233 km de Campo Grande, é a área indígena com maior densidade populacional do país. Com tanta gente em pouca terra, a maioria dos moradores abandonou a agricultura de subsistência, fato que só piorou a situação das aldeias Bororó e Jaguapiru, infestadas pela droga e o álcool e marcadas pela violência.

Nesta terça-feira (27), a prefeitura lançou o projeto “Terra Produtiva”, que tenta incentivar os índios a cultivarem produtos para a alimentação própria e para vender na cidade. No lançamento, a prefeita Délia Razuk (PR) participou da entrega de mudas de banana, abacaxi e de urucum.

A Secretaria de Agricultura Familiar e a Coordenadoria Especial de Assuntos Indígenas anunciaram que os índios também vão receber sementes de milho para plantio quando chegar a época de semear a safra de inverno.

De acordo com a prefeitura, as mudas e sementes estão sendo entregues a pelo menos 800 famílias mais necessitadas, identificadas em levantamento feito com apoio do Cras (Centro de Referência de Assistência Social).

Além de mudas e sementes, a prefeitura informou que vai ceder máquinas agrícolas para o preparo do solo e plantio. Pelo menos 400 hectares serão cultivados durante o projeto.

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