Interior

Professores aproveitam greve nacional para protestar contra prefeitura

Manifestação é contra reforma da Previdência e cortes na educação, mas serve também para reclamar do atraso do salário de julho

Helio de Freitas, de Dourados | 13/08/2019 09:58
Professores de Dourados em passeata nesta manhã na Avenida Marcelino Pires (Foto: Gracindo Ramos/Divulgação)
Professores de Dourados em passeata nesta manhã na Avenida Marcelino Pires (Foto: Gracindo Ramos/Divulgação)

Em greve nacional de um dia contra a reforma da Previdência e os cortes de verbas da educação, professores municipais de Dourados, a 233 km de Campo Grande, aproveitam o ato desta terça-feira (13) para protestar contra o atraso nos salários de julho. Eles também protestam contra o corte, por parte do governo do Estado, no salário de professores contratados.

Apoiados por universitários da Uems e da UFGD, os educadores e sindicalistas se concentraram no calçadão da Praça Antônio João e depois saíram em passeata pelas avenidas Joaquim Teixeira Alves e Marcelino Pires.

“A prefeita que não tem projeto para a cidade está deixando os servidores sem salário. Recebendo só 44% do salário, os servidores não têm condição nem de ir trabalhar porque não conseguem pagar o transporte. Essa é a realidade de Dourados, onde a prefeitura adota a política da irresponsabilidade”, afirmou ao vice-presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) Gleice Jane Barbosa.

Assim como todos os seis mil servidores da prefeitura, os professores e administrativos da educação receberam só 44% do salário de julho. A prefeitura ainda não informou quando o restante será pago.

Amanhã, os profissionais da educação iniciam greve parcial, paralisando 56% das aulas e dos serviços administrativos. O percentual é referência ao valor do salário em atraso.

Na noite de ontem (12), os educadores foram até a sessão da Câmara de Vereadores e gritaram “fora Délia”, em protesto contra a prefeita Délia Razuk (sem partido). O presidente do sindicato da categoria, Juliano Mazzini, usou a tribuna livre. Ele disse que a administração municipal está “à deriva”.

Demais servidores também decidiram ontem fazer greve de um dia na sexta-feira (16), se a prefeitura não pagar o restante do salário. A promessa da administração para o sindicato do funcionalismo é liberar o dinheiro ainda nesta semana.

Manifestantes concentrados no calçadão da Praça Antônio João, em Dourados, nesta manhã (Foto: Gracindo Ramos/Divulgação)
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