Interior

Professores anunciam greve, mas prefeitura diz que ano letivo recomeça normal

Alan Diógenes | 15/07/2014 19:58
Após rejeitarem a proposta da prefeitura, professores protestaram em frente ao pavilhão de eventos do órgão. (Foto: Hedio Fazan/Dourados Agora)
Após rejeitarem a proposta da prefeitura, professores protestaram em frente ao pavilhão de eventos do órgão. (Foto: Hedio Fazan/Dourados Agora)

Mesmo após professores da rede municipal de educação em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, recusarem a proposta de reajuste do Executivo e anunciarem greve, a prefeitura da cidade afirmou, em nota, que as atividades serão mantidas, de acordo com o cronograma planejado. Hoje pela manhã, servidores se reuniram em assembleia no Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) e recusaram a proposta da prefeitura que ofereceu reajuste inflacionário de 8,32% para professores e de 6,15% para os administrativos a partir de julho, retroativo a abril.

Cerca de 80% dos professores já estão paralisados, e a meta do sindicato é chegar a 100% para semana que vem. A preocupação dos pais dos alunos é que o retorno das aulas após o período de férias escolares está marcado para quinta-feira (17). Mas, de acordo com o site Dourados Agora, segundo a Secretaria de Educação, mesmo com a grave dos professores, haverá aulas normalmente.

A proposta apresentada hoje pela prefeitura não atendeu minimamente a categoria, por isso permanece o estado de greve por tempo indeterminado. Após a assembleia de hoje, os trabalhadores se deslocaram para a frente do Pavilhão de Eventos da prefeitura para realização de um ato público.

Ainda conforme o site Dourados Agora, a greve que foi ocasionada pelas indefinições da administração atual do município de Dourados, que por motivos ainda não explicados, está sob intervenção da Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo municipal estourou a folha de pagamento devido o alto número de contratações de pessoal, muitas vezes para atender interesses políticos partidários.

Os professores não receberam nenhum reajuste salarial e Dourados não tem cumprido com a lei nacional do piso que garante R$ 1697,00 para uma carga horária de 40 horas. A categoria reivindica uma política municipal de valorização que eleve gradualmente, em quatro anos, este valor para uma carga horária de 20 horas, como já se aplica na capital. O grupo administrativo também não recebeu nenhum reajuste até o presente momento.

Atualmente existem cerca de 1900 professores na rede municipal de Ensino em Dourados. Desse total, cerca de 700 são contratados, profissionais que não devem aderir a paralisação, por medo de algum tipo de retaliação. São eles que provavelmente darão as aulas para os alunos que retornarem das férias.

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