Interior

Prefeitura promete pagar restante de salário na sexta e esvazia protestos

Pagamento de 56% dos salários dos servidores será feito dez dias após a primeira parcela; greve parcial deve durar só um dia

Helio de Freitas, de Dourados | 14/08/2019 15:34
Educadores em assembleia hoje em Dourados; greve parcial começa amanhã, mas deve durar só dois dias (Foto: Gracindo Ramos/Divulgação)
Educadores em assembleia hoje em Dourados; greve parcial começa amanhã, mas deve durar só dois dias (Foto: Gracindo Ramos/Divulgação)

A prefeitura anunciou hoje que vai pagar na sexta-feira (16) o restante do salário de julho dos seis mil servidores de Dourados, a 233 km de Campo Grande. Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a prefeita Délia Razuk (sem partido) informou que a folha com os 56% que faltam do salário será enviada amanhã para o banco e o dinheiro – em torno de R$ 9 milhões – depositado na conta do funcionalismo na manhã do dia seguinte.

O pagamento será feito dez dias após a prefeitura depositar 44% do salário de julho a todos os servidores, no valor de R$ 8 milhões. Desde o ano passado o município enfrenta grave crise financeira e constantemente recorre ao escalonamento, pagando primeiro os menores salários e deixando para depois os servidores mais bem pagos.

Foi a primeira vez que a equipe de Délia Razuk adotou o parcelamento. Entretanto, a saída gerou protestos dos servidores em frente à prefeitura e ameaça de greve. Funcionários com salário de R$ 1.500 receberam menos de R$ 700 e muitos alegaram dificuldade até para pagar meio de transporte para chegar aos locais de trabalho.

Na segunda-feira (12), o sindicato que representa a maioria do funcionalismo aprovou greve de um dia na sexta-feira se o restante do salário não fosse pago. Entretanto, com o anúncio de liberação do dinheiro, a paralisação deve ser suspensa.

A promessa da prefeitura de pagar o restante do salário também esvazia a greve parcial dos profissionais da educação. Em assembleia na manhã de hoje, eles decidiram que a partir desta quinta-feira (15) trabalhariam apenas 44% do tempo de cada período de aula em escolas e centros de educação infantil.

A greve parcial deve ser mantida amanhã, mas a assessoria do Simted não informou ainda como vai funcionar na sexta-feira, dia do pagamento.

Os servidores, no entanto, prometem manter os protestos caso ocorram novos atrasos nos meses seguintes, mas o secretário de Fazenda Paulo César Nogueira Junior já afirmou a representantes do funcionalismo que a crise deve afetar os salários até dezembro e que o 13º está ameaçado.

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