Interior

Prefeito eleito defende consórcio regional para comprar vacina da covid

Até agora, prefeita que deixa cargo em 3 semanas não se manifestou sobre o assunto

Helio de Freitas, de Dourados | 11/12/2020 11:44
Alan Guedes assume prefeitura no dia 1º de janeiro (Foto: Divulgação)
Alan Guedes assume prefeitura no dia 1º de janeiro (Foto: Divulgação)

O prefeito eleito de Dourados Alan Guedes (PP) vai propor a municípios da região a formação de consórcio para comprar doses da vacina contra a covid-19. Segundo ele, o objetivo é preparar um plano de vacinação para ser adotado em conjunto entre as 33 cidades que formam a macrorregião de Dourados.

Até agora, a atual mandatária da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, Délia Razuk (sem partido), que deixa o cargo em três semanas, não se manifestou sobre as providências que estão sendo adotadas para garantir a vacina.

Cidade localizada a 233 km de Campo Grande, Dourados está no mapa vermelho do novo coronavírus com 852 novos casos só nesta semana – foram 161 testes positivos nas últimas 24 horas.

Com mais um óbito, de morador que estava internado em Naviraí, o município chegou a 132 mortes em decorrência do novo coronavírus e tem hoje 61 pessoas internadas – 31 em enfermaria e 30 em leitos de UTI.

“Informamos ao Alexandre Mantovani sobre nossa intenção de conversar com o Instituto Butantã e ele deu aval”, afirmou Alan Guedes ao Campo Grande News. Assessor especial do gabinete, Mantovani é o representante de Délia Razuk na equipe de transição.

“Temos condições de fazer a aquisição das primeiras doses e vou buscar parceria com os municípios. Se a gente conseguir estabelecer um consórcio fica mais fácil negociar a compra da vacina e iniciar o quanto antes a vacinação”, disse o prefeito eleito.

Os planos de Alan Guedes, no entanto, podem esbarrar na grave crise financeira que atinge o município de Dourados. Nesta semana, a prefeitura foi alvo de dois protestos de funcionários da saúde da linha de frente da pandemia. Eles cobravam o pagamento de salários de novembro.

A fundação municipal de saúde que administra o Hospital da Vida e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) acumula dívida de R$ 35 milhões e a prefeitura teve de desativar leitos de UTI para economizar após redução do contágio verificada até novembro.

As equipes da atual prefeita e do prefeito eleito já encerraram as reuniões para transição no comando do município. Ainda não há detalhes sobre a realidade atual da prefeitura. O relatório deve ser divulgado no dia 20, aniversário de 85 anos de Dourados.

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