Interior

Porto Murtinho deve receber investimentos para entrar na rota ao Pacífico

Nyelder Rodrigues e Osvaldo Junior | 24/08/2017 22:08
Porto Murtinho deve receber investimentos para entrar na rota ao Pacífico

O Corredor Bioceânico deve fomentar não só setores produtivos de exportação, mas também o turismo em Mato Grosso do Sul, além de trazer investimentos especiais para Porto Murtinho, cidade chave na rota rumo ao norte do Chile, onde o Estado deve ganhar acesso ao oceano Pacífico e mais competitividade.

Ao menos essa é a opinião do ministro-coordenador de Assuntos Econômicos para a América do Sul do Ministério de Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, um dos presentes nesta noite de quinta-feira (24) ao lançamento da expedição que vai percorrer o trajeto do corredor - o Campo Grande News é uma das empresas participantes.

"Esse projeto não é apenas infraestrutura, é muito mais do que isso", frisa Castro, revelando que o turismo pode se beneficiar em ambos os lados. "Uma pessoa no Brasil pode estar em Salta (ARG) em 14h, e em 18h na Cordilheira dos Andes (CHI). Isso vai acontecer o mesmo aqui em Mato Grosso do Sul, com Bonito, por exemplo".

Castro avalia também como importante a elaboração de estudos sobre os impactos sócio-ambientais que as cidades no trajeto terão, principalmente, no caso brasileiro, Porto Murtinho. "Cidade tem que estar preparada para isso e devemos saber o que vai receber de investimento para atenuar esse impacto", comenta. Os valores ainda devem ser levantados.

Ministro-coordenador do Itamaraty comenta potencial turístico da rota e fala sobre possíveis investimentos para Porto Murtinho
Campo Grande News é uma das empresas que participará de expedição ao Chile a partir de sexta-feira (Fotos: João Paulo Gonçalves)

Ele também considera que o Corredor está bem adiantado, faltando apenas ser autorizado pela CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) da Câmara Federal para que a execução das obras ocorram no lado brasileiro - no caso, a ponte sobre o rio Paraguai. Ele prevê que no primeiro semestre do ano que vem comecem as construção.

"São R$ 140 milhões para a ponte e área de acesso, sendo só R$ 100 milhões só da ponte", detalha Castro, frisando ainda que o asfalto a ser feito no território paraguaio soma cerca de 700 km, divididos em dois lotes - o primeiro de Carmelo Peralta até Loma Plata/Filadélfia, e o segundo de Mariscal Félix Estigarria até Pozo Hondo.

No primeiro lote, um dos consórcios que querem realizara a obra é formado pela brasileira Queiroz Galvão, em parceria com uma empresa paraguaia. Castro revela de construtora da Itália, Estados Unidos, e outras partes do mundo, também concorrem.

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