Interior

Policial paraguaio que protegia líder do PCC é denunciado por tráfico

Segundo oficial Carlos Alfredo Mendoza foi encontrado na mansão onde morava Eduardo Aparecido de Almeida

Helio de Freitas, de Dourados | 20/07/2018 11:26
Policial paraguaio Carlos Mendoza foi preso em esconderijo de brasileiro do PCC (Foto: ABC Color)
Policial paraguaio Carlos Mendoza foi preso em esconderijo de brasileiro do PCC (Foto: ABC Color)

O segundo oficial da Polícia Nacional do Paraguai Carlos Alfredo Mendoza, 27, acusado de ser segurança do bandido brasileiro Eduardo Aparecido de Almeida, 39, o “Pisca”, vai ser processo por ligação com o tráfico de drogas. Na quarta-feira (18), quando a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) cercou a mansão de Eduardo em Assunção, capital paraguaia, Mendoza foi encontrado na residência.

Quando foi preso, o policial alegou desconhecer que Pisca fosse o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai, mas autoridades do país vizinho afirmam que Mendoza atuava para ajudar o bandido brasileiro se manter no anonimato em território paraguaio. Agora, a expectativa é que ele colabore com as investigações.

De acordo com o Ministério Público do Paraguai, o policial foi autuado com base na lei antidrogas de será interrogado para que revele as conexões que Eduardo Almeida montou naquele país para trazer cocaína da Bolívia e de lá enviar para o Brasil.

O jornal ABC Color informou hoje (20) que o policial era lotado na 4ª Comissaria do bairro Obrero, em Assunção, mas, com a conivência de seus superiores imediatos, passava a maior parte do tempo na mansão do bandido brasileiro.

A promotora Lorena Ledesma disse que se for condenado por todos os crimes que será denunciado, o policial pode pegar até seis anos de prisão. Eduardo e outro brasileiro do PCC preso na casa foram expulsos do Paraguai na madrugada de ontem entregues à Polícia Federal em Foz o Iguaçu (PR).

Pisca – De acordo com fontes da polícia paraguaia, Eduardo Almeida, o Pisca, estava no Paraguai para fortalecer as redes de distribuição de drogas do PCC e tentar se aceito de volta à facção criminosa.

Ele seria ligado aos dois líderes do grupo, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, executados em fevereiro deste ano no Ceará, supostamente a mando do líder histórico do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Segundo fontes do ABC Color, Gegê e Paca teriam se apropriado de parte do dinheiro roubado em 2017 pela facção criminosa da sede da empresa de transporte de valores Prosegur, em
Ciudad del Este.

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