Interior

Polícia localiza celular de estudante de medicina morta na fronteira

Eletricista que está preso pelo crime vendeu celular por cem mil guaranis, o equivalente a 70 reais

Helio de Freitas, de Dourados | 03/09/2018 17:28
Erika foi morta no dia 20 de agosto em Pedro Juan Caballero (Foto: Arquivo)
Erika foi morta no dia 20 de agosto em Pedro Juan Caballero (Foto: Arquivo)

Agentes do Departamento de Homicídios da Polícia Nacional do Paraguai localizaram hoje (3) o celular Samsung J7 dourado que pertencia à brasileira Erika de Lima Corte, 29, assassinada a punhaladas no dia 20 do mês passado em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Segundo a polícia, o eletricista paraguaio Christopher Andrés Romero Irala, 27, principal suspeito de matar a brasileira que estudava medicina em Pedro Juan Caballero, vendeu o celular por cem mil guaranis, o equivalente a 70 reais. Irala está preso.

Durante as investigações sobre o crime, que continuam em andamento mesmo com a prisão do principal suspeito, os policiais chegaram a Gustavo Javier Villalba Romero, que apesar do sobrenome não tem parentesco com o criminoso.

Gustavo disse aos policiais que tinha comprado o aparelho na Linha Internacional de um homem identificado como José Cristaldo. A polícia chegou até o vendedor, que afirmou ter comprado o celular de um tal Marcelo.

Os policiais chegaram então a Marcelo Gavilán Montiel. Ele disse que estava com um grupo de amigos por volta de 23h do dia 19 do mês passado quando Cristhoper Irala ofereceu o telefone por mil guaranis.

Com o celular, a polícia espera obter mais provas contra o acusado. O eletricista se mantém em silêncio até agora sobre o crime e diz que vai se pronunciar apenas em juízo.

O crime – Moradora em Pontal do Araguaia (MT), onde o pai já foi prefeito, Erika de Lima Corte estava no segundo ano de medicina em Pedro Juan Caballero. Ela foi assassinada entre a noite do dia 19 e a madrugada do dia seguinte no pensionato onde morava com outra estudante brasileira.

Erika levou dois golpes de faca no peito e um no pescoço. Pelo menos outros 16 pequenos cortes foram encontrados no corpo, indicando que a brasileira foi torturada. O rosto estava coberto por um pano.

Cristopher Romero foi preso dois dias depois na cidade de Concepción, a 215 km da fronteira com Mato Grosso do Sul. Ele estava na casa do irmão.

O criminoso, que já tinha sido acusado de matar outra estudante em Pedro Juan em 2012, estava com o boné verde igual ao usado pelo homem que aparece na gravação da câmera de segurança de uma conveniência de Pedro Juan. No estabelecimento, o suspeito comprou um pote de sorvete, encontrado na casa onde ocorreu Erika foi morta.

Cristopher também estava com o carro prata visto circulando perto do local do crime. Ele foi trazido para Pedro Juan Caballero para ser interrogado e dois dias depois levado de volta para Concepción, por medida de segurança.

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