Interior

Polícia investiga se preso foi estuprado por dois companheiros de cela

Helio de Freitas, de Dourados | 30/01/2015 16:54

A Polícia Civil já instaurou inquérito para investigar a denúncia de que um detento teria sido violentado sexualmente por dois companheiros de cela na Penitenciária de Segurança Máxima de Dourados, a 233 km de Campo Grande. O caso ocorreu entre a noite de segunda-feira e a madrugada de terça desta semana. A suposta vítima é um homem de 32 anos, que acusa outros dois presidiários, de 27 e 37 anos, um deles conhecido como “Rita Cadilac”.

A investigação está sendo conduzida pela delegada Andreia Alves Pereira, titular da 2ª Delegacia de Polícia. Ela disse nesta sexta-feira ao Campo Grande News que o detento que fez a denúncia já passou por exame de corpo de delito e na próxima semana ela deve começar a ouvir os depoimentos, inicialmente da vítima e depois dos dois acusados.

O boletim de ocorrência foi feito na 2ª DP pelo próprio interno. Ele foi levado à delegacia por agentes penitenciários, depois de relatar o que teria ocorrido. O preso contou que estava numa cela disciplinar quando os outros dois internos começaram a se masturbar e depois foram em sua direção, para violentá-lo. Ele disse que reagiu para se defender, mas foi dominado pelos dois presos e sofreu abuso sexual.

Na quarta-feira, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) de Mato Grosso do Sul contestou a informação de que o detento tenha sofrido o abuso por dez horas seguidas, como chegou a ser divulgado na cidade. Através da assessoria de imprensa, o departamento não negou que um interno sob responsabilidade do Estado tenha sido violentado sexualmente dentro da cela e prometeu apurar o caso.

Ainda de acordo com a assessoria, inicialmente o detento de 32 anos teria afirmado que apenas um interno tinha cometido o abuso e só depois, no depoimento aos policiais civis, acusou o outro preso de participar da violência sexual. A assessoria da Agepen informou ainda que o detento fez exame de corpo de delito e depois foi colocado em outra cela, também na ala disciplinar.

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