Interior

Polícia investiga grupo que fez arrastão em 30 prédios de município

Os oito adolescentes, entre eles uma menina, invadiram prédios públicos como postos de saúde, escolas e creches além de comércios e dois colégios particulares

Adriano Fernandes | 17/01/2019 19:39
Quatro dos adolescentes que participaram das invasões. (Foto:Olimar Gamarra)
Quatro dos adolescentes que participaram das invasões. (Foto:Olimar Gamarra)

A Polícia Civil apura a participação de oito adolescentes, suspeitos de terem invadido e depredado prédios públicos e privados de Rio Brilhante, cidade que fica a 163 quilômetros de Campo Grande. 

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Guilherme Sarian, investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) confirmaram que até o momento foram encontrados 14 boletins de ocorrências nos registros da delegacia, todos eles com envolvimentos dos adolescentes infratores. No entanto, a polícia suspeita que o número de invasões chegue a pelo menos 30 casos, nos últimos três meses pela cidade pois algumas das vítimas podem não ter registrado a ocorrência.

Na maioria das invasões os alvos do grupo eram prédios públicos como postos de saúde, escolas e creches além de comércios e dois colégios particulares. Ainda conforme o site Rio Brilhante em Tempo Real, em apenas dois dos casos houve o furto de dois notebooks, um celular, e roupas em loja. No outros endereços os garotos entravam somente para causar danos e desordem.

Os jovens, entre eles uma menina, também se alimentavam dentro dos locais e chegaram a cozinhar e estourar pipoca em um posto de saúde. Todos os detidos foram conduzidos à delegacia de Polícia Civil de Rio Brilhante, onde foram ouvidos e liberados, sendo que não estavam mais em situação de flagrante. Pais, mães e Conselho Tutelar acompanharam os depoimentos dos adolescentes na delegacia.

Apenas um adolescente, de 14 anos, apontado como o “cabeça” das invasões e furtos, foi apreendido e segue em uma das celas da delegacia do município, enquanto aguarda o o deferimento do pedido de internação na UNEI (Unidade Educacional de Internação).

O garoto já acumula antecedentes por ato infracional. Ainda de acordo com o delegado, quase todos os adolescentes são usuários de maconha e álcool. Além dos oito suspeitos que foram identificados pela polícia, os investigadores ainda tentam localizar mais três adolescentes.

Eles também já foram identificados por participação nas invasões e estariam com alguns dos objetos subtraídos. A investigação teve início depois que a mãe de um dos adolescentes procurou a polícia para denunciar a atuação da “gangue”. 

“Ao ver a imagem divulgada no site a mãe reconheceu o filho dela e nos procurou, pois segundo ela, não iria compactuar com as ações do filho”, comentou o delegado. A imagem divulgada foi de câmeras de segurança de um colégio particular invadido por dois dos rapazes, entre eles o filho da mulher que denunciou o caso.

Nas imagens não foi possível identificar o garoto, pois ele usava uma camiseta cobrindo o seu rosto, mas a mãe reconheceu a camiseta e o shorts usados por ele. ”O que acontece é que muitas vezes os pais ou responsáveis passam a mão na cabeça dos filhos e com isso corroboram para a continuidade dos delitos praticados por eles” diz Guilherme Sarian. 

Como estabelece o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a identidade dos suspeitos é preservada por se tratarem de adolescentes.

 

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