Interior

Polícia diz que sequestradores de brasileiro são amadores

Teodoro Antunes foi liberado de madrugada; não há informação se resgate foi pago

Helio de Freitas, de Dourados | 03/11/2020 08:43
O brasileiro Teodoro Antunes, sequestrado ontem no Paraguai (Foto: Reprodução)
O brasileiro Teodoro Antunes, sequestrado ontem no Paraguai (Foto: Reprodução)

A polícia paraguaia descarta envolvimento do grupo terrorista EPP (Exército do Povo Paraguaio) no sequestro do brasileiro Teodoro Antunes, ocorrido nesta segunda-feira (2) em Capitán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande.

Encarregado de uma cerealista que funciona do lado paraguaio, ele foi libertado de madrugada na região de Ypejhú, no Departamento (equivalente a Estado) de Canindeyú, a 70 km do local do sequestro e na Linha Internacional com Paranhos (MS).

O comissário Nimio Cardozo, chefe do Departamento Antissequestro da Polícia Nacional, afirma que todos os indícios apontam para bandidos amadores, ao contrário de integrantes de grupos guerrilheiros, acostumados a sequestrar pessoas na faixa de fronteira para extorquir dinheiro.

Levado quando chegava à propriedade onde trabalha em uma caminhonete Toyota Hilux, Teodoro foi solto de madrugada após negociação entre os patrões, familiares e os sequestradores, que pediam 1.500 milhões de guaranis, em torno de R$ 1,3 milhão. No Paraguai não se usa bilhão de guaranis.

A polícia alega desconhecer se o resgate foi pago e suspeita que o alvo fosse o patrão de Teodoro, dono da propriedade onde o silo de grãos fica instalado. “Não tivemos a denúncia inicial e só começamos a atuar no caso depois que a família já tinha decidido negociar e os assessoramos”, afirmou Nimio Cardozo.

No primeiro contato com os policiais, o brasileiro contou que os três sequestradores são bem jovens e dois estavam armados. Depois de examinado por uma médica da polícia, Teodoro foi levado para casa, mas ainda hoje deve prestar depoimento.

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