Interior

Polícia descarta que helicóptero com cocaína tenha sido derrubado a tiros

Mortos na queda ainda não foram identificados pela perícia; aeronave transportava 246 quilos de cocaína

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 20/10/2021 22:10
Destroço da aeronave que caiu em fazenda de Ponta Porã. (Foto: Dracco) 
Destroço da aeronave que caiu em fazenda de Ponta Porã. (Foto: Dracco) 

A Polícia Civil descartou a hipótese de que o helicóptero Robinson R66, que caiu nesta quarta-feira (20), em Ponta Porã, matando duas pessoas carbonizadas, tenha sido derrubado a tiros. A aeronave transportava 246 quilos de cocaína. De acordo com a delegada Ana Cláudia Medina, diretora do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), não foram encontrados sinais de disparos na fuselagem da aeronave. 

"O helicóptero não foi abatido, eles caíram porque se desorientaram ao voar muito baixo", comenta. A tática era uma forma de evitar que o helicóptero fosse detectado pelo sistema de controle de tráfego aéreo da Aeronáutica. A queda teria ocorrido por volta das 4h, ainda segundo Medina. 

À esquerda, viatura abarrotada com os tabletes de cocaína que estavam sendo transportados na aeronave. (Foto: Dracco) 

Os levantamentos na fazenda onde a aeronave caiu foram realizados durante todo o dia por equipe do Dracco com o apoio da 1ª DP (Delegacia de Polícia) de Porã Porá e SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Fátima do Sul. A queda ocorreu a 60 quilômetros da sede da Fazenda Jotabasso e a 30 km da BR-463, que liga Ponta Porã a Dourados. 

Os destroços do helicóptero foram apreendidos e encaminhados para a sede do Dracco na Capital. Já os corpos dos suspeitos foram encaminhados para o Imol (Instituto Médico de Odontologia Legal) de Ponta Porã, onde serão submetidos a exames periciais e papiloscópicos, para a confirmação das identidades. 

O Campo Grande News apurou que o mesmo helicóptero que caiu hoje, tinha sido visto sobrevoando a região de fronteira há cerca de 20 dias, também em baixa altitude. A suspeita é que a aeronave tenha levantado voo da região de Antônio João e levaria a cocaína para São Paulo. 

Pelo prefixo PR ITT identificado na fuselagem, o Robinson está registrado em nome de uma empresa de Taubaté (SP), mas existe possibilidade dos dados serem falsos. Dentro do helicóptero, havia um galão de combustível. O Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) dará continuidade na investigação para confirmar a origem e o destino da droga, além do possível envolvimento de outros traficantes no transporte.

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